Descrita inicialmente pelo médico austríaco Hans Asperger, a síndrome de Asperger só ficou conhecida internacionalmente em 1994, quando foi incluída pela primeira vez no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), um dos materiais mais importantes para a psiquiatria na descrição de nomes e características psicopatológicas.
Até 2013, essa denominação era a mais aceita. Segundo Ana Carla Vieira, psicóloga e especialista em Análise do Comportamento Aplicada ao Autismo, “alguns movimentos sociais, familiares e pessoas diagnosticadas continuam utilizando esta nomenclatura, variando inclusive para nomes como Aspie”. Mesmo o nome estando em desuso, é importante respeitar a maneira como as pessoas preferem ser denominadas.
Suspeita-se que o personagen Sheldon, da série The Big Bang Theory, tenha síndrome de Asperger. – Imagem: Divulgação
Principais características da pessoa com síndrome de Asperger
Entre as principais características da síndrome, é possível notar a comunicação excessivamente formal e correta e dificuldades para interpretar sinais, regras sociais, expressões faciais, ironias ou mentiras, além de déficits na interação social, como perceber situações em que está sendo desagradável, repetitivo, ou colocar-se no lugar do outro. “É possível haver também apego a rotinas e sequências fixas de atividades cujas desorganizações levam a momentos de estresse ou ansiedade intensos e interesse por um assunto específico por longos períodos de tempo”, explica a psicóloga.
Além disso, os pacientes costumam apresentar um desempenho médio ou acima da média em testes de inteligência. Portanto, a síndrome seria popularmente considerada como uma forma mais branda de autismo. Um exemplo de personagem que apresentaria o diagnóstico de Asperger é o físico teórico Sheldon Cooper (vivido pelo ator Jim Parsons), da série norte-americana The Big Bang Theory.
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TEXTO E ENTREVISTA: Karina Alonso / Colaboradora – Edição: Ricardo Piccinato
CONSULTORIA: Ana Carla Vieira, psicóloga, especialista em Análise do Comportamento Aplicada ao Autismo pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e mestre em psicologia do desenvolvimento e aprendizagem na Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Bauru (SP).