Por ter algumas semelhanças com outros distúrbios mentais, o transtorno de ansiedade pode gerar questionamentos. Conheça um pouco mais sobre o problema:
1. Internet, celular e outras tecnologias contribuem para a ansiedade?
Verdade. Pesquisas científicas comprovam que computador, smartphones e outros aparatos tecnológicos podem levar à dependência, tornando a pessoa ansiosa na falta do objeto. Além disso, a necessidade criada em estar sempre interagindo nas redes sociais colaboram para a ansiedade extrema.
2. Ansiedade é um problema genético?
Depende. Pode existir um fator genético, mas não é determinante para o desenvolvimento do transtorno ansioso. A qualidade de vida, bem como o ambiente em que o indivíduo vive, também interferem bastante.
3. Transtorno de ansiedade é o mesmo que síndrome do pânico?
Mito. Porém, os tratamentos são parecidos. “A síndrome do pânico está mais relacionada ao pensamento de morte e receio a lugares abertos, sensação de que não está seguro nestes lugares, o que faz as pessoas não saírem de casa”, explica o psicólogo José Roberto Palcoski. Durante a crise da síndrome, a pessoa fica ansiosa, pensando que está tendo um ataque cardíaco, começa a respirar de forma curta e acredita até que pode morrer.
4. Bebidas alcoólicas aliviam a ansiedade?
Mito. Além de não resolverem o problema, podem levar a uma dependência alcoólica – o que dificulta o tratamento do transtorno de ansiedade.
5. A ansiedade deve ser eliminada?
Mito. A ansiedade é algo nato do ser humano, por isso, não deve ser eliminada. O problema surge quando o sentimento é em demasia. “Caracteriza-se transtorno ansioso quando o indivíduo apresenta respostas cognitivas, comportamentais, emocionais e fisiológicas relacionadas a preocupações e medos exagerados a determinados eventos que ainda não se realizaram”, define a psicóloga Lígia Venturineli. Quem sofre do transtorno imagina algumas situações futuras como aversivas ou perigosas, ainda que elas ainda nem tenham acontecido. É justamente essa incerteza que alimenta o sentimento de ansiedade, fazendo com que a pessoa sofra por antecipação — por algo que pode até mesmo nem vir a acontecer.
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Consultoria: Lígia Venturineli, psicóloga da AzimuteMed – Treinamento & Qualidade, de São Paulo (SP); José Roberto Palcoski, psicólogo.
Texto e entrevista: Natália Negretti – Edição: Augusto Biason/Colaborador