Já foi aquela época que quando a mulher estava grávida só poderia ficar de cama fazendo repouso. Hoje em dia, sabe-se que não é bem assim. Para aquelas mulheres que a gestação é completamente saudável, exercícios físicos na gravidez podem ser indicados, desde que seja liberada por um médico e acompanhada por um profissional da educação física.
Os exercícios físicos na gravidez vão controlar o peso, amenizar o inchaço dos pés e pernas e combater as dores nas costas. Além disso, eles melhoram a respiração, pressão e tonificam a musculatura, principalmente dos quadris. “Se antes da gravidez a mulher não era acostumada a fazer exercícios, o ideal é começar com uma modalidade levinha para o corpo não estranhar. Mas se ela já é acostumada, recomendamos apenas que ela reduza a intensidade, aos poucos, porém não pare por completo”, explica Frederico Kempler, professor de educação física e coordenador da academia Turner Prime.
De acordo com Frederico, por ser um momento que requer atenção redobrada, qualquer cuidado é pouco. Exercícios que levam à exaustão, aparelhos que necessitam de muito peso ou que faça a mulher ficar muito tempo em pé devem ser evitados ou substituídos nos treinos por outros mais brandos.
Do ponto de vista médico, a ginecologista e obstetra da Clínica Penchel, Talitha Melo, afirma que a atividade física tem vários benefícios no pré-natal como a redução do risco de pré-eclâmpsia (disfunção dos vasos sanguíneos) e controle de ganho de peso, evitando a obesidade gestacional. Desta forma, há melhora no índice de peso e vitalidade do recém-nascido.
Atenção
Talitha faz um alerta importante: “durante a gravidez ocorre um aumento da produção do hormônio relaxina. Essa substância deixa as articulações mais frouxas e pode aumentar o risco de lesões e torções. Portanto, o acompanhamento profissional é fundamental para evitar traumas”. Ela ressalta que as únicas contraindicações da prática de atividade física são para gestantes com problemas cardíacos, sangramento vaginal, placenta baixa, trabalho de parto prematuro e hipertensão arterial não compensada.
Fonte: Frederico Kempler, professor de educação física e coordenador da academia Turner Prime e Talitha Melo, ginecologista e obstetra da Clínica Penchel
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