A infecção pelo HPV é considerada a doença sexualmente transmissível (DST) mais comum no mundo e se apresenta através de verrugas genitais ou lesões subclínicas imperceptíveis ao olho nu. Cerca de 75% dos homens e mulheres poderão ter contato com o vírus em algum momento de suas vidas. No mundo, existe a possibilidade de 5% cânceres causados por HPV.
Cânceres causados por HPV
Embora esses dados sejam bastante expressivos, é muito importante o esclarecimento das pessoas para que elas possam se prevenir, se tratar e evitar problemas futuros. “Apenas para dimensionarmos o tamanho do problema, podemos dizer que o HPV é a causa de mais de 90% dos cânceres de colo de útero, 75% dos cânceres de vagina, 60% de vulva, 63% de pênis, 91% dos cânceres anais e perianais e 72% dos tumores de orofaringe”, pontual o urologista Paulo Salustiano.
A primeira coisa que devemos ter em mente é que sua transmissão ocorre através da pele ou mucosa contaminada no contato direto. Isso significa que embora haja transmissão através de outras formas como: compartilhamento de roupas, má higiene, transmissão de mãe para filho na amamentação, sabemos que mais de 95% dos casos de transmissão ocorre pelo contato sexual direto.
A camisinha protege contra o vírus?
Mais ou menos. O vírus se aloja na pele ou mucosa da área genital, que inclui face interna da coxa, virilha, púbis, região perineal. A camisinha pode proteger um pouco mas não é um método totalmente eficaz na prevenção. Para isso, atualmente existe a vacina contra o HPV que está disponível no mercado há mais de 10 anos e na rede pública mais recentemente para pré-adolescentes. Ela é recomendada, tanto para homens como para mulheres, sendo que 70% dos cânceres causados por HPV podem ser prevenidos por meio da vacina.
Tratamentos
Os urologistas dispõem de muitos recursos que podem variar desde pomadas até cirurgia para eliminar essas lesões. As mulheres devem realizar anualmente, após início da atividade sexual, o exame de papanicolau. Esse é aquele exame que o ginecologista avalia o colo de útero junto com o patologista. Mesmo com a presença de pequenas lesões pré-malignas o tratamento é muito eficaz e dificilmente evoluirá para um câncer.
Fatores que aumentam o risco de infecção
Homossexuais tem maior incidência de câncer de canal anal e indivíduos HIV positivos estão sob maior risco das infecções e do desenvolvimento de câncer. Outro importante fator de risco é o tabagismo, que deve ser evitado em pacientes de risco com lesões recidivantes. Além disso, é claro que hábitos saudáveis, como, boa alimentação, evitar o cigarro e vacinação são indispensáveis. Diante do problema, procurar ajuda médica.
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