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Como forma de auxílio e conscientização, o Instituto Maria da Penha divulgou uma campanha que retrata a violência doméstica na quarentena
- Foto: Shutterstock

Casos de violência doméstica têm aumento de 50% durante isolamento

Como forma de auxílio e conscientização, o Instituto Maria da Penha divulgou uma campanha que retrata a violência doméstica na quarentena

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), o número de casos de violência doméstica na quarentena aumentou em seis estados – São Paulo, Acre, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Pará -, em comparação com o mesmo período em 2019.

A orientação de isolamento, embora seja necessária para impedir a proliferação do novo coronavírus, tem colocado milhares de mulheres em uma situação de extrema vulnerabilidade. Com os familiares dentro de casa por mais tempo, a convivência é intensificada, por vezes, ao extremo, dando espaço para discussões agressivas e tensões.

“Com mais tempo livre, o ser humano passa a valorizar o que não tem e a transferir a ideia de sofrimento a algo que ele antes almejava”, explica Flora Victoria, mestre em psicologia positiva aplicada pela Universidade da Pensilvânia. E o contexto fica mais preocupante quando o cenário caótico e o futuro incerto resultam em válvulas de escape da realidade, como o consumo excessivo de bebidas alcoólicas.

Dados sobre violência doméstica na quarentena preocupam

Além da agressão física, outras formas de brutalidade têm se mostrado alarmantes em meio a reclusão social, como a psicológica, moral, patrimonial e sexual. Só no estado de São Paulo, onde a quarentena teve início em 24 de março e possui o maior número de casos de covid-19, os atendimentos da Polícia Militar à mulheres vítimas de violência doméstica na quarentena aumentaram em 44,9%.

O total de socorros prestados passou de 6.775 para 9.817, na comparação entre o mesmo mês em 2019 e 2020. Já a quantidade de feminicídios também teve um acréscimo significativo, de 13 para 19 casos (46,2%). Informações do MMFDH (Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos), indicam um aumento de 18% sobre as denúncias recebidas entre os dias 17 e 25 de março, comparado aos dias 1 e 16 do mesmo mês. A justificativa seria a intensificação das orientações de isolamento durante esse período.

Vale ressaltar que, em ambas as datas, o órgão indicou uma elevação nos atendimentos em geral. De 3.045, o número de ligações subiu para 3.303, um percentual de 8,5%. Isso sem contar que, durante o isolamento, muitas mulheres não conseguem fazer as denúncias, o que também causa um número alto de subnotificações.

Campanha do Instituto Maria da Penha

Visando uma conscientização sobre o número alarmante de casos de violência doméstica na quarentena, o Instituto Maria da Penha, em parceria com as agências de publicidade F.biz e Vetor Zero, criou um novo projeto, chamado “Call”. O vídeo não só incentiva que mulheres façam a denúncia caso sofram com qualquer tipo de agressão, como, também, promovem uma rede de apoio, no qual outras pessoas podem auxiliar a vítima.

Na produção, a personagem Carla pede ajuda durante uma reunião de trabalho por videochamada. Alguns indícios fazem com que os seus colegas comecem a desconfiar da situação: o olhar de angústia, o nervosismo ao perceber que o marido está na sala, comportamento ansioso e a maquiagem mais forte às 10 horas da manhã (supostamente para disfarçar as marcas de violência).

“Preste atenção nos sinais. Alguém pode estar precisando de você”, diz um texto da campanha. O vídeo também pontua que houve um aumento de 50% nos casos de violência doméstica desde que o período de isolamento social intensificado. Ao final, o clipe afirma que nenhuma mulher está sozinha nessa batalha.

Como denunciar casos de violência doméstica

Os canais de denúncia continuam trabalhando para melhorar atender cada caso. Em flagrante, a Polícia Militar pode ser notificada imediatamente pela vítima ou testemunhas, por meio do telefone 190. O Ligue 180 também cede orientações e suporte para quem for necessário.

As Delegacias de Defesa e Atendimento à Mulher (DDM) permanecem com o funcionamento de 24 horas. No estado de São Paulo, o governo disponibilizou, em seu site, uma lista de endereços de todos os centros de apoio. As denúncias também podem ser registradas online.

O atendimento à distância é realizado pelo Nudem (Núcleo de Defesa das Mulheres Vítimas de Violência de Gênero) e pode ser concluído por mensagem de WhatsApp, pelo número (11) 94220-9995 e, gratuitamente, pelo 0800-773-4340.

Outra forma de auxílio as vítimas, que pode ser efetuado remotamente, é a implementação de medidas protetivas conhecidas na Lei Maria da Penha, como, por exemplo, a restrição de contato. A partir da ocorrência, a solicitação é enviada à Justiça.

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