Quem consegue ficar imune à tecnologia durante um dia inteiro? Desde a hora que acordamos até o final do dia, ficamos conectados em praticamente 100% do tempo – muitos, nem na hora de dormir, conseguem se desligar. Nicholas Carr, escritor norte-americano, percebeu que, toda vez que tentava ler um livro (algo que sempre gostou muito), os seus olhos pulavam e mudavam de direção. Terminar uma única página de algum texto, sem nem dar aquela checada nas redes sociais ou no e-mail, estava ficando impossível.
E é sobre isso que Carr fala em A Geração Superficial – O que a internet está fazendo com nossos cérebros. Na publicação, o autor comenta que as mídias sociais estão mudando a forma com que pensamos, e toda essa tecnologia em que estamos imersos hoje estão alterando o nosso cérebro. Mas, será que isso realmente está acontecendo?
Entenda melhor
Edson Issamu Yokoo, neurologista, explica que, do ponto de vista biológico, a tecnologia ou o avanço da tecnologia não provocam mudanças na anatomia do órgão. “A anatomia é regida pelas informações genéticas que definem nossa espécie. De um ponto de vista futurista e visionário, as tecnologias poderiam alterar a anatomia do cérebro se o conjunto de conhecimentos propiciassem condições de interferir nos genes, modificando as informações para que um novo cérebro fosse constituído”, afirma.
Segundo o profissional, essa mudança na anatomia poderia até causar o surgimento de uma nova espécie. Apesar de essas tecnologias não modificarem a anatomia, elas podem, sim, alterar algumas ações do cérebro, como você pode ver a seguir.
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Consultoria: Edson Issamu Yokoo, neurologista da Rede de Hospitais São Camilo, de São Paulo (SP).
Texto e entrevista: Amanda Araújo/Colaboradora – Edição: Augusto Biason/Colaborador