Uma maneira que muitos acharam para fugir do desemprego atual e conseguir aumentar a renda foi abrir o seu próprio negócio. Em teoria, parece fácil, porém, ao chegar a hora de colocar em prática, muitas pessoas se esquecem do foco necessário para a concretização do empreendimento e acabam não alcançando o sucesso idealizado, pois não desenvolvem um plano de negócios.
O advogado especialista em direito societário Rogério Agueda lembra que empreender demanda muito cuidado com os aspectos envolvidos na Constituição e operação da empresa. “Se até mesmo grandes corporações, com sofisticados departamentos jurídicos e de compliance, às vezes, se veem em apuros por não observarem alguma regra específica, empresas em seu estágio inicial precisam ter atenção redobrada”, afirma.
Nesse momento de colocar a “mão na massa”, é preciso estabelecer um plano de ação (ou de negócios, duas maneiras que o nome pode ser encontrado). É a primeira etapa a ser executada, em que é preciso conferir o que ou quem pode ajudar a conquistar as metas e a traçar os caminhos possíveis que serão seguidos.
“A análise da viabilidade do negócio é o ponto mais importante. E para saber ‘se’ e ‘como’ a ideia em teoria será capaz de gerar resultados financeiros atraentes ao ser colocada em prática, o empresário precisa estruturar muito bem seu modelo de negócio”, elucida a mentora de negócios Thaizi Morani.
PLANO DE NEGÓCIOS
Imagine que você deseja construir uma casa, organizar uma festa ou viajar por um ano pelo mundo. Com certeza, sua intenção é que dê tudo certo, mas, para que isso ocorra sem qualquer problema (ou com o mínimo possível), é necessário realizar um cuidadoso planejamento. Ou seja, todos esses seus desejos não vão se concretizar somente porque você os quer muito. Ideias assim, para que se tornem realidade, precisam ser construídas passo a passo.
Para você organizar suas ideias, o plano de negócios será o seu mapa de percurso. Um documento que descreve por escrito todos os detalhes da sua ideia, os objetivos pretendidos e quais passos devem ser dados para que esses propósitos sejam alcançados, diminuindo os riscos e as incertezas. É o melhor aliado para identificar, ainda no papel, os erros e, em vez de cometê-los no mercado, pensar em alguma outra maneira de realizar a ação.
Além disso, este modelo irá ajudar a concluir a viabilidade e buscar informações detalhadas sobre seu ramo, os produtos e os serviços que serão oferecidos, seus clientes, concorrentes, fornecedores e o diferencial, com os pontos fortes e os fracos do seu negócio. A seguir, confira a organização de um plano de negócios.
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Consultorias: Rogério Agueda Russo, advogado associado do escritório Nogueira, Elias, Laskowski e Matias Advogados (NELM), especialista em direito societário; Sergio Dias, consultor do Sebrae e Thaizi Morani, mentora de negócios.
Texto: Nathália Piccoli/Colaboradora | Edição e entrevistas: Érica Aguiar