Trabalhar por conta própria pode parecer um sonho para muita gente. No entanto, ser autônoma não é tão simples como algumas pessoas imaginam. Afinal, todas as obrigações são de sua responsabilidade, e é fundamental ter um controle e um planejamento do dinheiro que entra e sai.
Como se organizar?
Assim como qualquer pessoa, quem escolhe o caminho autônomo também precisa controlar a renda no decorrer do ano. Em alguns casos, por ter dinheiro com maior frequência, é possível se perder em meio aos compromissos assumidos. “Para que não haja imprevistos, profissionais devem registrar em planilha todas as suas receitas e seus gastos contratados”, explica o economista Dernizo Pagnoncelli, autor do livro Como planejar sua vida! Um método prático, objetivo e testado para o seu sucesso pessoal.
Nessa previsão, é importante inserir os gastos fixos e tentar projetar os variáveis, sempre de acordo com a sua receita média. “Ao colocar a maioria das coisas na planilha, você consegue se programar para não ser surpreendida. Não que isso evitará imprevistos, mas você diminuirá a chance de surpresas se tiver esse tipo de controle financeiro”, ressalta o advogado e consultor financeiro Dori Boucault.
Com receitas incertas, podem ocorrer oscilações no decorrer do ano. Para manter-se financeiramente saudável, também é preciso pensar no futuro. “Há momentos em que as receitas ficam acima das necessidades, e outros em que estão abaixo. Portanto, a profissional liberal deve sempre olhar a longo prazo”, aconselha Pagnoncelli.
De que forma é possível equilibrar as despesas?
Não ter um dia fixo para receber o salário pode dificultar na hora de estruturar os gastos. Por isso, ao decidir ser autônoma, é importante avaliar alguns fatores para que não falte dinheiro nos momentos mais críticos. “O segredo é tentar realizar uma cotação do pior mês com o mais positivo e, assim, fazer uma média para ver qual é o período do ano com melhor arrecadação”, orienta o consultor financeiro. No ramo de piscinas, por exemplo, o lucro é maior no verão, entre os meses de dezembro e janeiro. Então, com esse dinheiro extra, pode-se montar uma reserva para ser utilizada em períodos menos favoráveis, como o inverno.
Boucault explica que deve-se delimitar três tipos de gastos para o mês: os fixos, os variáveis e os emergenciais. “As despesas fixas são contas de água e luz, alimentação e transporte, coisas que se gasta todo mês; as variáveis envolvem academia, cursos e remédios; e as despesas emergenciais, como uma doença ou cirurgia, que precisam de uma reserva”, descreve.
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Texto: Redação Alto Astral
Consultoria: Dernizo Pagnoncelli, economista e autor do livro Como planejar sua vida! Um método prático, objetivo e testado para o seu sucesso pessoal (Publit Soluções, 2014); Dori Boucault, advogado especialista em direitos do consumidor e consultor financeiro.