Morreu na manhã desta sexta-feira (05), Almir Guineto, fundador do grupo Fundo de Quintal. O sambista faleceu no hospital Clementino Fraga Filho, no Rio de Janeiro, após uma série de complicações envolvendo diabetes e problemas renais crônicos. O compositor, que tinha 70 anos, deixou os palcos em julho de 2016, já que estava tratando dos problemas de saúde que ocasionaram sua morte.
Conhecido por deixar inúmeras obras marcantes, como Chantagem, Passe bem e Insensato Destino, Almir nasceu e passou parte de sua vida no Morro do Salgueiro, localizado na Zona Norte do Rio. Cercado por familiares que eram músicos, o sambista sempre esteve em contato com o universo musical, tanto que a partir da década de 70, já era mestre de bateria da Salgueiro.
Nesse período, Guineto trouxe o banjo adaptado com um braço de cavaquinho e revolucionou o gênero samba. Após sua passagem rápida no grupo Originais do Samba, o carioca ajudou na criação do grupo que o tornou conhecido nacionalmente. Com a ajuda dos sambistas Bira, Jorge Aragão, Neoci, Sereno, Sombrinha e Ubirany, o grupo Fundo de Quintal lançou o primeiro LP do conjunto, chamado Samba é no Fundo de Quintal.
Logo após as gravações, Almir decidiu seguir em carreira solo, sendo destaque no cenário musical após ser premiado em um Festival MPB-Shell, da Rede Globo, em 1981, onde interpretou o samba-partido “Mordomia“ (de Ari do Cavaco e Gracinha).
A partir de então, o sambista não parou mais: foram inúmeras músicas gravadas, como por exemplo Não quero saber mais dela e Pedi ao céu.
No ano de 2002, Guineto lançou o CD Todos os Pagodes e participou de dois shows em homenagem ao sambista Beto Carioca. Sete anos depois, o compositor, em parceira com o rapper Mano Brown, lançou a música Mãos, que faz uma analogia entre mãos e homens.
O compositor, que deixou família, amigos e fãs, construiu um legado de composições que farão parte da história do samba nacional!
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