Qual é a verdadeira aparência de Deus?

Os cristãos alegam que Deus é um ser espiritual, além de ser onipotente. Mas onipotência implica em imaterialidade. Ou seja: Ele existe sem um corpo.

- Uma das representações mais clássicas de Deus vem do afresco A Criação, de Michelangelo / Foto: Reprodução

Os cristãos, assim como os judeus, alegam que Deus é um ser espiritual, além de ser onipotente. Mas onipotência implica em imaterialidade. Ou seja: Ele existe sem um corpo. Logo, não possui características humanas físicas.

pintura de Michelangelo, no qual ele representa Deus

Uma das representações mais clássicas de Deus vem do afresco “A Criação”, de Michelangelo / Foto: Reprodução

Porém, a Bíblia Sagrada é recheada de antropomorfismos: “E os egípcios saberão que eu sou o Senhor, quando estender a minha mão sobre o Egito” (Êxodo 7:5); “Os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os Seus ouvidos atentos ao seu clamor” (Salmos 34:15); “Pela palavra do Senhor foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo sopro da Sua boca” (Salmos 33:6). Estas são apenas algumas passagens que exemplificam a linguagem figurativa utilizada nas Escrituras. E duas passagens surpreendentes teriam dado vislumbres sobre o que poderia ser a aparência real de Deus.

Ambas foram reveladas em visão, sendo a primeira delas ao profeta Ezequiel, que descreve no livro homônimo, capítulo 1 e versículos 26 – 28: “E por cima do firmamento, que estava por cima das suas cabeças, havia algo semelhante a um trono que parecia de pedra de safira; e sobre esta espécie de trono havia uma figura semelhante à de um homem, na parte de cima, sobre ele. E vi-a como a cor de âmbar, como a aparência do fogo pelo interior dele ao redor, desde o aspecto dos seus lombos, e daí para cima; e, desde o aspecto dos seus lombos e daí para baixo, vi como a semelhança de fogo, e um resplendor ao redor dele. Como o aspecto do arco que aparece na nuvem no dia da chuva, assim era o aspecto do resplendor em redor.”

O outro “felizardo” teria sido o apóstolo João, que no livro de Apocalipse 1: 14 – 16, diz: “E a sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve, e os seus olhos como chama de fogo; e os seus pés, semelhantes a latão reluzente, como se tivessem sido refinados numa fornalha, e a sua voz como a voz de muitas águas. E ele tinha na sua destra sete estrelas; e da sua boca saía uma aguda espada de dois fios; e o seu rosto era como o sol, quando na sua força resplandece.”

Pelas visões, a imagem do Deus israelita parece ser inimaginável – e até assustadora – para ser vista por um simples homem mortal e pecador. Tanto que os dois personagens tiveram que usar uma linguagem simbólica para descrever aquilo para o qual a linguagem humana não tem palavras, ou seja, “semelhante, como a aparência”, “como o aspecto”, e etc.

A grande dificuldade em compreender a verdadeira “aparência” de Deus está associada ao versículo 26 do primeiro capítulo de Gênesis: “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança”. Afinal, temos ou não uma identidade equivalente à do Criador? A justificativa da Teologia é que, ter a “imagem” e “semelhança” refere-se à parte imaterial do ser (alma e espírito), e não à material (carne e sangue). Deus teria, então, não somente originado o homem, como também o separado do mundo animal para dominar sobre o restante da criação e ter comunhão com Ele. Portanto, a afinidade restringiria-se apenas aos campos moral e mental.

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