Bem-vindo à misteriosa Índia, país com 1,2 bilhão de pessoas, em um território regido pela combinação de três influências: religião, sexo e castas. Por volta de 1500 a.C., a história começou a ter novos rumos para os indianos. Guerreiros asiáticos, conhecidos como arianos, invadiram o subcontinente indiano e impuseram as suas crenças e religiões aos drávidas e párias que ali habitavam.
A primeira delas foi o hinduísmo, considerado a mais antiga e maior religião da Índia, hoje com mais de 765 milhões de seguidores. Ao sul do país, próximo a cidade sagrada de Tiruvannamalai, é possível encontrar o templo de Bhuvaneshwari, lugar onde desde o século XVI, são aclamadas as divindades hindus. É uma tarefa difícil. O número oficial de deuses chega a 330 milhões. Como dizia Sri Ramakrishna, um santo hindu do século XIX, “na Índia, existem tantos deuses quanto o número de devotos”. Sendo assim, abaixo, conheça as principais tradições da doutrina para entendê-la melhor.
Tradições do hinduísmo
No hinduísmo, as pessoas possuem um espírito conhecido como Atman. Considerado uma força abundante e indestrutível, cuja trajetória depende das ações cometidas, pois cada atitude corresponde a uma reação (Lei do Carma).
Seus rituais são compostos por elementos principais: o darshan (meditação) e o puja (oferenda). Para poder participar deles, é essencial ter uma alimentação vegetariana, livre das impurezas causadas pelas mortes dos seres vivos.
As preces são realizadas com cânticos em sânscrito, língua morta que originou o híndi e grande número de dialetos indianos. Tais preces são chamadas de mantras e são geralmente dirigidas a divindades ou ao benefício próprio. São executados, em média, 108 vezes e, para a sua contagem, é utilizado um colar, uma espécie de rosário, chamado japa-mala. O mantra mais conhecido é o “OM”. Trata-se de uma sílaba sagrada que representa o próprio nome de deus.
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Texto: Nathália Piccoli/Colaboradora – Edição: Giovane Rocha