O ser humano necessita de muitas coisas para viver, além disso, para ser feliz, é preciso desenvolver muito bem alguns aspectos da vida. Formar uma família, viajar o mundo, conseguir aquele emprego dos sonhos são alguns exemplos. O trabalho faz parte da vida, e ter a realização pessoal nesse âmbito é muito importante. Confira o discurso do Papa Francisco sobre o assunto!
Primeiramente, o pontífice inicia sua reflexão dizendo que as palavras “trabalho” e “pessoa” andam juntos. “Trabalho sem a pessoa, ele acaba por se tornar algo desumano, que esquecendo as pessoas, se esquece de si mesmo e desaparece. Mas se pensarmos na pessoa sem trabalho, dizemos algo parcial, incompleto, porque a realização pessoal em plenitude se dá quando se torna trabalhador, trabalhadora; porque o indivíduo se torna pessoa quando se abre aos outros, à vida social, quando floresce no trabalho”, medita o Papa Francisco.
O trabalho é um amor civil em que as pessoas se ajudam para levar o mundo para frente. Além disso, a pessoa não é só trabalho, é preciso saber descansar! O papa se lembra de vezes que pergunta para casais com filhos se brincam com eles, e então casal responde que não têm tempo, que saem para trabalhar quando os filhos ainda dormem e volta quando os filhos já estão na cama. Isso é desumano.
O papa lembra que crianças não devem trabalhar e sim, seu trabalha é estudar, assim como os idosos. Outro paralelo é que no mundo existe muitas pessoas que querem e precisam trabalham mas não conseguem, são negligenciados e excluídos; doentes são descartados da vida da profissão por não ser mais útil às empresas. Então o santo padre reflete: devemos recordar também hoje, que ainda há no mundo demasiadas crianças e jovens que trabalham e não estudam, enquanto o estudo é o “único” trabalho bom para crianças e jovens. E também que nem sempre e nem a todos é reconhecido o direito a uma reforma justa — isto é, nem muito pobre nem muito rica: as “aposentadorias de ouro” são uma ofensa ao trabalho tão grave como aquelas muito pobres, porque fazem com que as desigualdades do tempo de trabalho se tornem infinito. Ou quando um trabalhador adoece e é descartado, mas se uma pessoa doente com os seus limites ainda consegue trabalhar, a profissão desempenha até uma função terapêutica: às vezes encontramos a cura trabalhando com os outros, juntamente com os outros, pelos outros”.
Por fim, o pontífice lembra dos jovens que necessitam de trabalho, dos imigrantes que tentam uma nova vida em um país estranho, e as mulheres, que ainda tentam conquistar seu espaço, sua realização pessoal e ganha menos que os homens. “A economia esqueceu-se da natureza social que tem como vocação a natureza social da empresa, da vida, dos vínculos e dos pactos. Pensemos nos 40% dos jovens com menos de 25 anos, que não têm trabalho, deveis lutar contra isto! São periferias existenciais. Sei que já há algum tempo vos [o sindicato dos trabalhadores] esforçais nas direções certas, especialmente com os migrantes, os jovens e as mulheres. E isto que digo poderia parecer superado, mas no mundo do trabalho a mulher ainda é considerada de segunda classe. Sim, a mulher ganha menos, é mais facilmente explorada. Dai um passo para o melhor no vosso trabalho, que seja melhor”, pede o Papa Francisco.
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Texto: Camila Ramos