Nem terrenos em chamas, nem torturas, ou qualquer outro tipo de punição física que você imagine. Para a umbanda, existe um inferno pessoal, o qual está mais relacionado a uma condição espiritual.
A religião, de origem africana, cita o Umbral dos espíritas, que consiste em um plano espiritual onde são recorrentes apenas energias e sentimentos negativos.
“Acreditamos que cada um tem o seu inferno pessoal a ser trabalhado e transmutado. No desencarne, quando chega ao Umbral, esse mesmo espírito, não aceitando sua condição, se negativa mais ainda, sendo assim arrastado para zonas negativas cósmicas localizadas em esferas paralelas ao planeta”, descreve Augusto Correa, sacerdote e dirigente do Templo Luz Ametrino de Umbanda Sagrada.
Outro aspecto curioso da umbanda, que a diferencia de outras religiões quanto a visão sobre o inferno, se trata do tempo de permanência na “punição”. Toda alma ruim acaba entrando nesse estado de negatividade e sofrimento emocional. No entanto, tal situação pode ser revertida caso o espírito se torne consciente do erro e retome a sua evolução.
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Texto e entrevista: Marcelo Ricciardi – Edição: João Paulo Fernandes e Giovane Rocha
Consultoria: Augusto Correa, sacerdote e dirigente do Templo Luz Ametrino de Umbanda Sagrada