Em um Angelus especial, feito na cidade de Cartagena das Índias, na Colômbia, o Papa Francisco relembrou uma história da região, quando a Nossa Senhora de Chiquinquirá foi descoberta. Além disso, o santo padre meditou sobre São Pedro Claver, sacerdote e padroeiro do país de origem espanhola. Confira a mensagem completa!
O pontífice começou recordando o longo tempo em que o quadro da Virgem ficou abandonado e jogado como se fosse lixo entre peças descartadas, chegando ao ponto de perder a cor. Até que um dia, uma moça simples chamada Maria Ramos a encontrou. “A primeira devota da Nossa Senhora de Chiquinquirá viu naquela tela algo de diferente. Teve a coragem e a fé de colocar aquela imagem arruinada e corroída num lugar de destaque, devolvendo-lhe a sua dignidade perdida. Soube encontrar e honrar Maria, segurando o Filho nos seus braços, precisamente naquilo que, para os outros, era desprezível e inútil”, conta o Francisco.
Foi Maria, uma índia chamada Isabel e seu filho de quatro anos Miguel que testemunharam a transformação do quadro, que, antes sem vida, agora estava brilhando de cores. “É aos pobres, aos humildes, aos que contemplam a presença de Deus, que se revela com maior nitidez o mistério do amor de Deus. Eles, pobres e simples, foram os primeiros a ver a Virgem de Chinquinquirá e se tornaram seus missionários, arautos da beleza e santidade da Virgem”, reflete o pontífice.
Na mesma ocasião, o papa reza ao São Pedro Claver, padroeiro da região. O padre recebia os negros que chegavam na América. Mesmo com a diferença de idiomas, o sacerdote sabia a linguagem da caridade e da misericórdia. Mesmo assim, ele foi injustamente condenado e preso, onde passou os últimos anos de vida. “Ainda hoje, na Colômbia e no mundo, milhões de pessoas são vendidas como escravos, ou então mendigam um pouco de humanidade, uma migalha de ternura, fazem-se ao mar ou metem-se a caminho porque perderam tudo, a começar pela sua dignidade e os seus direitos”, conta o santo padre.
“Nossa Senhora de Chiquinquirá e Pedro Claver convidam-nos a trabalhar pela dignidade de todos os nossos irmãos, especialmente os pobres e descartados da sociedade, aqueles que estão abandonados, os emigrantes, as vítimas da violência e do tráfico humano. Todos eles têm a sua dignidade, e são imagem viva de Deus. Todos fomos criados à imagem e semelhança de Deus, e a todos nos sustenta a Virgem nos seus braços como filhos amados”, conclui o Papa Francisco.
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Texto: Camila Ramos