É comum tentarmos explicar fatos misteriosos chamando-os de milagres. No entanto, para a Doutrina Espírita, não há nada de incomum nesses fatos. O Espiritismo crê que nada pode estar acima das leis de Deus, que são todas leis da Natureza. Entenda por que os espíritas não acreditam em milagres.
A visão espírita sobre os milagres
A explicação consiste no fato de que a palavra “milagre” vem do latim “miraculum”, que significa “maravilhar-se”. O maravilhar-se seria próprio das diversas descobertas que os homens fazem, porém, o todo já foi pensado e criado antes.
O universo contém dados e possibilidades para as quais a humanidade ainda está nos primórdios dos entendimentos. Assim, no Espiritismo, o que diz-se ser milagre não passa de um detalhe a mais dentro das descobertas que fazemos ou vivemos em nossas vidas no correr dos séculos. Portanto, quando algo extraordinário acontece a alguém ou a algum grupo de pessoas, não podemos e nem devemos taxar como milagre.
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Jesus curou, acalmou águas revoltas, multiplicou pães, ressuscitou mortos, transformou água em vinho, mas nunca como uma ação milagrosa. Pois Ele, como conhecedor das leis que regem a Terra, apenas utilizou-se de recursos naturais que os homens ainda estão longe de entender para gerar tais ações. Algo que já conhecemos a partir das pesquisas científicas. Hoje sabemos que a ressuscitação de mortos nada mais é que tirar do estado de catalepsia alguém que está vivendo o processo. Naquela época, contudo, ninguém sabia.
No livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, o Espírito da Verdade diz que o milagre é uma “designação de fatos naturais cujo mecanismo familiar à Lei Divina ainda se encontra defeso ao entendimento fragmentário da criatura”. Conclui-se, portanto, que buscar milagres é o mesmo que colocar-se como desconhecedor da Justiça Divina, que dá a todos por igual e segundo seus méritos.
Fonte: www.febnet.org.br
Edição: Júlia Martins/Colaboradora | Design: Camila Campos/Colaboradora