Para os seguidores do Movimento Hare Krishna, a imagem de Krishna, considerado a suprema personalidade de deus, tem corpo azulado, é jovem e toca flauta. Apesar de humano, se manifesta como deus desde a sua infância, e depois de passar por diversos universos, teria aparecido no planeta Terra há mais de cinco mil anos, onde permaneceu por 125 anos, fato esse detalhado, no livro A Suprema Personalidade de Deus, escrito pelo líder espiritual Bhaktivedanta Swami Prabhupada.
A principal companheira de Krishna é Rhada, sua amiga e amante quando ele esteve na Terra – ambos são cultuados pelos seguidores do Movimento. Os livros sagrados também mostram a existência de quatro eras no mundo, a atual é chamada de Kali, a Era das Desavenças e Hipocrisia. E o método mais eficaz para passar por esse período é conquistar a realização espiritual por meio dos mantras.
Como os hinduístas, os seguidores dessa vertente religiosa também acreditam na existência do karma, isto é, tudo o que se faz nessa vida terá consequências na vida futura, pois após a morte a alma migra de um corpo para o outro. Porém, eles não buscam a salvação, o fim da migração de espírito: o objetivo é encontrar a paz na vida terrena, o equilíbrio e a auto-realização. Para isso é necessário deixar de lado o orgulho, a arrogância, o consumo, o egoísmo, alcançando a humildade e a generosidade para se aproximar de deus.
Na cerimônia de iniciação, os novos fiéis prometem ao guru (responsável por transmitir as informações contidas no livro sagrado do Vedas para os seus discípulos) que irão realizar a repetição do mantra no mínimo 16 vezes e seguir a doutrina, que consiste em não praticar sexo fora do casamento, assim como não participar de jogos de azar e nem comer carne — também não é permitido o consumo de álcool e drogas.
O guru também escolhe um nome espiritual para o iniciante, pelo qual passará a ser chamado dentro do Movimento. O nome é sempre uma das variações de Krishna e no nome dos homens é acrescentado o sufixo “das”, que significa servo, enquanto no nome das mulheres é acrescentado o sufixo “dasi”, que significa serva. Os fiéis recebem um colar de Tulasi de três voltas, feito de madeira sagrada.
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Texto: Isadora de Oliveira/Colaboradora – Edição: Giovane Rocha
