Conectando dois mundos, Chico Xavier trouxe conforto aos corações de milhares de brasileiros com o desenvolvimento de sua faculdade mediúnica por trazer mensagens do plano espiritual para o material. Porém, não se dedicou apenas à mediunidade, mas também às práticas de caridade e ajuda ao próximo sempre orientando as pessoas em sua fé, além de disseminar mensagens de paz, fraternidade e respeito.
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O legado de Chico Xavier
De acordo com Marta Antunes Moura, vice-presidente da Federação Espírita Brasileira, “Chico Xavier, por meio de sua mediunidade excepcional, a ponto de ser chamado ‘a antena psíquica do século’, decodificou os ensinamentos espíritas transmitindo as ideias e interpretações dos Espíritos orientadores. Ele foi um exemplo de edificação moral, pelo conhecimento e vivência do Evangelho. Mostrou a todos nós como será a humanidade do futuro: portadora de conhecimento intelectual e moral”, conta.
O homem que por 49 anos permaneceu na cidade em que nasceu, trabalhando como escriturário, mantendo a humildade mesmo quando seu trabalho ecoava no país inteiro, psicografou livros considerados referências do espiritismo, além daqueles ditados por Emmanuel, seu guia espiritual. Entre os títulos estão: Emmanuel (1938); Brasil, Coração do Mundo (1938); Há Dois Mil Anos (1939); Voltei (1949); Caminho, Verdade e Vida (1949); Mecanismos da Mediunidade (1960); Companheiro (1977); Escada de Luz (1999).
Foram mais de 400 livros psicografados sem pensar em uma só linha, todas as mensagens vindas dos espíritos que com ele se comunicavam. As obras atraíram, além dos olhares de curiosos e simpatizantes pelo assunto, o interesse de pesquisadores.
Segundo Orson Peter Carrara, pesquisador espírita, palestrante e escritor sobre o assunto, “a contribuição de Chico Xavier para o Espiritismo é de alta importância. Somado ao legado literário/cultural pela psicografia, há que se destacar o caráter consolador e humanitário de seu trabalho em favor do amenizar das angústias humanas, pelo conforto oferecido pelo exemplo de vida, na postura moral de humildade e amor ao próximo. Pode-se dizer, no caso do Brasil, que a era Chico Xavier alterou os caminhos e a disseminação do Espiritismo junto à mentalidade nacional”.
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Texto: Redação – Edição: Victor Santos
Consultorias: Marta Antunes Moura, vice-presidente da Federação Espírita Brasileira; Orson Peter Carrara, pesquisador espírita, palestrante e escritor.