O cristianismo, isso é, a tradição judaico-cristã se baseia em relatos bíblicos para explicar quem são os anjos e demônios, essas criaturas espirituais. Segundo o padre Gustavo Rubin da Mota, “dentro de um contexto plural da antiguidade, a Bíblia admite a existência de espíritos, como anjos cristãos e demônios. Por ser monoteísta, os designa como criaturas à serviço de Deus”.
Seres iluminados
O nome “anjo” é dado para todas as classes de seres celestes, mesmo em outras religiões. Apesar de hoje serem aceitos pela teologia, nem sempre foi assim. O padre Gustavo Rubin da Mota conta que os anjos só foram admitidos como um estágio entre a Sabedoria Divina, intelecto puro e infinito, e o conhecimento sensível do humano após os estudos de São Tomás de Aquino. Para o santo, os anjos são criaturas livres e, por isso, respondem constantemente ao mistério maior em Jesus Cristo.
O historiador, teólogo e escritor Roberto Francisco Daniel explica que, dentro da liturgia cristã, os anjos têm o papel de proteger e iluminar o ser humano que está aberto para Deus, para o mundo espiritual, para o bem e dentro do que é justo. “Eles estão em uma dimensão superior à nossa e podem nos acompanhar nos iluminando, dando insights e ajudando no discernimento das nossas escolhas aqui em nosso mundo terreno”, complementa.
A hierarquia dos anjos cristãos
Para o catolicismo e o cristianismo, os anjos são “filhos de Deus” e constituem a corte celeste, hierarquizados como:
Texto e entrevistas: Karina Alonso/colaboradora – Edição: Natália Negretti/colaboradora e Giovane Rocha
Consultorias: Gustavo Rubin da Mota, padre em Bauru (SP); Roberto Francisco Daniel, historiador, teólogo e escritor.
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