Depois de passar por muitos perrengues na casa mais vigiada do Brasil, incluindo um paredão falso com um retorno surpreendente, Gleici do BBB 18 foi a grande ganhadora da edição. Em entrevista para a Revista Guia da TV, a nova milionária conta tudo que passou na casa, seus planos para o dinheiro e da detalhes sobre sua vida pessoal (incluindo Wagner, com quem se envolveu no programa).
Entrevista com Gleici do BBB 18
O que você pretende fazer com este prêmio de 1 milhão e meio de reais?
“Primeiro, eu vou dar conforto para minha família, quero construir casa para meus avós e para minha mãe e levar minha família para viajar.”
Para qual lugar você quer ir?
“Quero conhecer o Rio de Janeiro, porque não conheço. Quero ir para lugares que tenham praia.”
Alguma dessas viagens inclui o Wagner?
“Pode ser, a gente até planejou quando estávamos dentro da casa, inclusive.”
Ele trouxe uma rosa amarela, e havia dito que era para fazer um pedido de namoro, mas você pegou a rosa e nem ligou…
“Ah gente, sério? Foi sem querer, mas eu amei a rosa (risos). Tadinho, eu gosto muito do Wagner. Ele fez uma tatuagem da rosa, é muito fofinho, meu Deus.”
Você em algum momento desconfiou do sentimento dele?
“Eu estava a fim de ficar com ele, gostei dele e fiquei. Nunca duvidei do que ele sentia por mim. Era um sentimento que eu estava gostando de ter. Nem pensei nisso. Eu fiz o que eu quis.”
Você guarda alguma mágoa de lá?
“Não! Até a briga com a Patrícia que tive lá, não vou guardar nada disso. Estou com 1 milhão (risos). Foi tudo muito bom, não tenho nada contra ninguém. O que vivi lá dentro foi bom, porque cresci em relação a muitas coisas. As pessoas vinham falar que sou isso ou aquilo, algumas eu relevava, mas acabou que cresci com tudo o que aconteceu. Abri meus olhos para muitas coisas que não via no meu dia a dia e na minha realidade.”
Você acha que tivemos duas ‘Gleicis’ lá dentro, uma antes e outra depois do retorno?
“Não sei. Toda vez que eu voltava do Paredão, eu me sentia fortalecida porque estava indo com pessoas extraordinárias. Demoro para interagir com as pessoas, vou conhecendo aos poucos e muitas delas entraram eufóricas dizendo: ‘Você é meu amigo’. E, eu pensei que eu não tinha um grande amigo logo de cara. Nunca imaginei que os paredões dos quais voltei poderiam me levar ao prêmio, mas ao mesmo tempo, eu tinha segurança que as pessoas estavam gostando de mim. Quando fui ao meu terceiro paredão, que foi o falso, eu fiquei segura até demais. Não era uma segunda Gleici, mas me senti mais segura pelas pessoas votarem para eu ficar. Fui num paredão com Paula e Mahmoud, que eu considerava pessoas fortes, e voltei, com isso me senti mais forte.”
Quando você voltou do falso paredão, você falou aquela frase da Clara em ‘O Outro Lado do Paraíso’. Foi o Tiago quem te falou sobre a frase?
“Não! Eu vi essa cena de quando a Clara voltou lá no início da novela. Achei muito legal. (risos).”
Saiu uma foto sua num protesto segurando um cartaz ao lado de um carro virado da Globo, que dizia: se é para tombar, tombei….
“Aquele ato era um protesto onde tinha muita gente, aquele cartaz foi um amigo que fez, e eu sempre critiquei todas as emissoras, não só a Globo. Acho que deveriam ter mais meninas negras, para a gente poder se ver. Não estou ligando se as pessoas pensarem que é hipocrisia da minha parte.”
Você passou por muitas coisas difíceis na vida, mas revelou muito pouco lá dentro. Era para se preservar?
“Não era para me preservar. O que eu pude contar sobre mim, eu contei, mas não poderia falar sobre meus irmãos por exemplo, para não expô-los. Falei de várias coisas sobre minha pessoa, e não achava certo falar sobre minha família, afinal, fui eu quem me inscrevi num reality, não eles.”
E você não queria que as pessoas sentissem pena de você, não é?
“Isso. Eu sempre falei isso, sempre lutei muito. Eu nunca tive muito, agora tenho um milhão e meio, mas estou lutando ainda. Sempre dei muito duro, e nunca cheguei em nenhum lugar pedindo ajuda. Sempre dei o meu melhor, na minha escola ou trabalho, nunca souberam da minha história. Eu só me abri para a produção porque eu queria muito fazer parte do programa, e não contei tudo também. Pensei: ‘É uma chance de eu mudar minha vida, mesmo se eu sair na primeira semana, as pessoas podem me dar mais oportunidade’. Pensava que se eu saísse na primeira semana, eu conseguiria abrir algumas portas com mais facilidade.”
Você vai se mudar com sua família da casa onde moram atualmente?
“Não. Minha família e eu vamos continuar lá na Baixada de Sobral, que é o lugar onde cresci e onde tenho muita história. Cada rua, cada lugarzinho é especial para mim. Pretendo melhorar a casa para minha mãe, investir ali e só.”
Você ajudava sua família financeiramente. Chegou a ficar preocupada com sua família nesse sentido, em como eles estariam sem você?
“Fiquei. Primeiro pensei nisso quando estava para entrar no programa: ‘E se eu abandonar tudo aqui, como vai ser?’. Eu ajudava em tudo, mas sabia que minha mãe conseguiria se virar. Se vocês me acham forte, eles são fortes como eu e poderiam se virar, fazer bicos, fazer qualquer coisa, mas dar conta durante esses 3 meses.”
A que você atribui a sua vitória?
“Eu não sei porque fui a campeã, talvez pela trajetória na casa. As pessoas da casa não acreditavam em mim, tanto que me colocaram no segundo paredão por motivos bobos.”
Algumas participantes reclamaram que sofrem bullying porque foram rejeitadas ao sair, e perseguidas pelos fãs como Patrícia e Ana Paula…
“Eu não sabia disso. Tudo que eu vivi lá dentro vai ficar lá dentro. Sobre a Patrícia, nós brigamos, eu a coloquei no paredão pensando: ‘Se ela voltar, minha vida vai ser um inferno’. Eu não tenho nada contra ela, não seremos melhores amigas aqui fora, mas nos respeitamos, assim como respeito a Ana Paula, que foi uma das primeiras pessoas com quem conversei, mas ela foi para outro grupo e perdemos o contato.”
Esse prêmio tem um significado para você maior que o dinheiro?
“Tem sim. Esse prêmio é do Acre. Significa visibilidade para o meu estado, e para a minha família, mais que dinheiro. Quando o Tiago disse que a Globo tinha mudado a programação para o programa ficar ao vivo lá, eu não acreditei. Para mim conta muito a representatividade que posso ter tido para as meninas do meu estado. Acho que isso simboliza muito para mim.”
Você pretende seguir carreira política?
“Não sei.”
Entrevista: André Luís Romano/Colaborador
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