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A atriz Lília Cabral está no ar em Liberdade, Liberdade e contou um pouco sobre sua personagem, além de discutir sobre feminismo. Vem ver!
- Fonte: GShow

Lília Cabral fala sobre nova personagem em “Liberdade, Liberdade”

A atriz Lília Cabral está no ar em Liberdade, Liberdade e contou um pouco sobre sua personagem, além de discutir sobre feminismo. Vem ver!

Em uma entrevista intimista com Lilia Cabral, que interpreta a personagem Virgínia na novela “Liberdade, Liberdade” conhecemos mais sobre o atual momento da atriz, seu envolvimento com o feminismo e o papel da mulher na sociedade.

Lilia Cabral entrevista

Fonte: Divulgação/ GShow

 

Confira o bate-papo:

Conte-nos um pouco sobre sua personagem. Ela é uma mulher revolucionária? Como está sendo interpretá-la?

Minha personagem se chama Virgínia. Ela é uma prostituta e cafetina. Ela é sim uma mulher revolucionária, mas nas horas vagas (risos). Virgínia viveu no século 18 e lutava pela independência do Brasil. Teve uma grande decepção amorosa e seu caminho foi até a prostituição. Mas isso não significa que ela seja inferior ou menor. Não! Ela é uma mulher independente. Acho que cada mulher que sofria alguma coisa, ou que engravidava ou a família não queria, acabava no abandono. Eu acredito que por isso, elas acabavam percebendo que poderiam existir mais como mulher e não apenas como submissa de modos tradicionais.

Por ela ser uma conspiradora, fiquei muito surpresa porque nós não ouvimos falar dessas mulheres. Mas na semana passada saiu uma matéria no jornal “O Globo” falando exatamente desse tipo: revolucionárias, que escreveram e que mostraram outros tipos de mulheres. Nós defendemos aquilo que acreditamos e quando mais acreditamos, mais as pessoas se convencem daquilo.”

Você se considera feminista?

“Eu me considero! Defendo aquilo que acredito. Como mulher, é necessário lutar pelos meus direitos. Uso as personagens que faço como um instrumento para isso. Tenho uma postura elegante, não saio berrando por aí.. Mas sou consciente da minha posição como profissional, como mãe de família e dos meus direitos e lutas. Eu defendo sim o que precisa ser defendido.”

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Se último trabalho foi em uma trama das nove, que requer muito do ator. Por que ‘Liberdade, Liberdade’?

“Primeiro porque recebi esse convite e achei extremamente interessante. Você pode ver que na minha carreira não tem novela de época… Uma trama assim me levou para um mundo que eu jamais imaginei. Quando entro no set, a sensação que tenho é a que minha vida é algo muito distante de mim e que minha realidade é aquela ali, interpretada. Isso para mim está sendo muito diferente de tudo que eu já fiz como atriz. É uma experiência muito importante, principalmente porque sou muito fresca, bem cheia de coisinhas… Com a Virgínia, eu sou obrigada a me desconstruir. Tudo acaba sendo um teste que tenho me saído muito bem. Não aceitei o convite só por ser uma trama do século passado, mas também porque a história me cativou muito. Estou amando trabalhar com a equipe e foi uma somatória de coisas positivas que me fazem acreditar que valerá muito a pena. E olha que eu nem vi a sinopse de “Liberdade, Liberdade” antes de aceitar o convite.”

Lília Cabral na estréia de Liberdade, Liberdade

Fonte: Globo / Reginaldo Teixeira

“Liberdade, Liberdade coloca mulheres no papel de liderança. Como você vê isso?

“É o papel que gostamos de fazer né? Mas a liderança feminina nas novelas não é de hoje.. Dá para se observar a preocupação de colocar a mulher numa posição importante na sociedade nas tramas, porque eu acredito que novelas são feitas para mulheres. Todos os homens assistem, mas as mulheres assistem mais.”

Como foi a composição da personagem? Conversou com alguma prostituta da vida real?

“Não, não conversei não. Eu fiz uma pesquisa mais de texto mesmo e de visual. Dentro dessa história, eu preferi deixar mais a intuição, deixar o coração falar… Alguém pode dizer com exatidão como foi aquele século? É algo muito difícil. Eu gosto da sensação do texto de “Os Miseráveis”, de Victor Hugo, que traz a selvageria das pessoas. Na cena nós ficamos muito maquiadas, porque naquela época as pessoas buscavam disfarçar com maquiagem as doenças que contraiam”.

O que você acha interessante dessa época para mulheres?

“São muitas roupas, o que incomoda um pouco, mas faz parte da profissão. Ao fim de um longo dia às vezes eu penso que não sobreviveria. Mas nós conseguimos sempre!”

Você acha que a mulher mudou bastante de uns tempos para cá em relação aos seus sentimentos?

“Os sentimentos são eternos. O sentimento é a essência. Mas o lado contemporâneo muda sim, o mundo cresceu e evoluiu e consequentemente o sentimento e o amor evoluiu. Antigamente ninguém se abraçava e dizia ‘eu te amo!’.. Agora todo consegue fazer isso de uma forma mais leve, as pessoas conseguem se expressar mais facilmente.. A expressão é diferente, mas o sentimento continua o mesmo.”

Nós conhecemos a cidade cenográfica. Qual é a importância da cenografia para a personagem em questão?

“Nossa! A cidade cenográfica é uma coisa incrivelmente maravilhosa. Faço novelas há muito tempo, mas nunca vi nada como aquilo. Quando se entra ali, ninguém nem questiona onde está, é impressionante!”

 A caracterizadora dos personagens falou sobre dentes amarelados e depilação por fazer. Isso foi um desafio para você?

“Eu nem pensei nisso. Eu não precisei me preocupar com a falta de depilação, porque minha personagem está sempre de manguinha e quanto aos dentes, não tenho branqueamento (risos).”

As mulheres no passado eram submissas. Como você encara isso?

“Se eu criticar a mulher submissa, eu criticarei praticamente a minha família toda. Não faço essa crítica, nós precisamos procurar entender. É como quando interpretamos um vilão.. Não se critica e nem se defende, você simplesmente o executa. Não tem muito a questão de lado positivo e negativo, apesar de ser algo ruim. Algumas pessoas acreditam naquilo e a defesa da situação está no olhar delas, um olhar mais generoso para a situação, não é um olhar exclusivista. Sei lá.”

Entrevista: André Luis Romano

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