Entrevista: Juliano Cazarré admite que já desceu muito até o chão

O ator vai viver um funkeiro na próxima novela das 9, A Regra do Jogo

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Juliano Cazarré, que dará vida ao cantor de funk Merlô em A Regra do Jogo, conversou com nossa equipe e confessou que está adorando atuar ao lado de Susana Vieira. “Ela é uma figura! Toda hora estamos conversando. Ela fala dos cachorros dela, conta da vida dela. Ela é uma fofa. Eu fico muito atento para sempre aprender. Sem dúvida nenhuma, quem dá o ritmo das cenas naquele núcleo é sempre a Susana. Estou ali para contribuir com a Susana e para aprender e crescer como ator”, contou.

Juliano cazarre

Foto: Ricardo Leal/Colaborador

Guia Astral: Como está sendo interpretar um funkeiro que vive em uma comunidade? Qual é a sua relação com essas pessoas?

Juliano Cazarré: “É uma relação de respeito total. Mesmo não morando em comunidade. Eu respeito essa galera que vive lá. O funk é uma música que não toca no meu carro, mas sim quando eu estou na rua em uma festa e tal. Sempre acho gostoso de dançar esse ritmo. Eu tenho o maior respeito pelo funk, assim como tenho o maior respeito pelas comunidades. Tenho certeza que os funkeiros  são a realidade cultural do Rio de Janeiro. Estou tentando retratar tudo isso da maneira mais carinhosa possível. Eu quero que a galera das comunidades vejam no Merlô um representante deles. Que eles digam: ‘esse cara entendeu a nossa onda’.  É isso.”

Como foi o laboratório para criar esse personagem?

“Eu tive uma preparação especial sim. Eu fui a vários bailes de comunidade e visitar comunidades. Fiz aula de canto,  de dança,  pesquisei funk na internet,  muita coisa também eu coloquei o que eu já vi na vida. Em Brasília, onde eu morava, já tinha funk e a meninada adorava.”

Você é um cara que dança até o chão?

“Não! Eu descia até o chão na adolescência (risos). E estou resgatando isso agora.”

Como é vestir uma roupa de funkeiro?

“Estou saindo da minha zona de conforto. Na verdade, eu acho que o Merlô é um presente. E a carreira do ator é algo incrível, pois podemos viver várias vidas em uma vida só. Então, para mim, é muito divertido interpretar esse cara. É sempre muito bom fazer um personagem diferente de você. Merlô fica o tempo inteiro sem camisa. Uma outra sensualidade, completamente diferente da minha vida. Mas não é nada que me incomoda. Muito pelo contrário, eu acho muita graça. Me divirto bastante. Estou me divertindo fazendo”.

Você dá risada em cena?
“Eu e todo mundo! Susana Vieira se acaba de rir em cena. O clima nos bastidores está sendo sensacional. Está todo mundo brincando o tempo inteiro. Estamos trabalhando felizes. E isso influencia bastante no produto final.”

Como está sendo essa troca com a Susana Vieira?
“Está sendo muito legal! A gente se dá bem em cena e fora de cena. Ela é uma figura! Toda hora estamos conversando. Ela fala dos cachorros dela, conta da vida dela. Ela dá uma força. Eu fico muito atento para sempre aprender. Sem dúvida nenhuma, quem dá o ritmo das cenas naquele núcleo é sempre a Susana. Estou ali para contribuir com a Susana e para aprender e crescer como ator.”

Juliano cazarre

Foto: João Miguel Junior/Divulgação

Como é trabalhar novamente com o João Emanuel e com a Amora Mautner?
“Eu gosto de repetir parcerias. Assim como eu gosto de trabalhar com gente nova. A graça de repetir uma parceria é justamente porque aprofunda mais a relação. E hoje em dia eu tenho uma liberdade com eles. Eles me dão muita oportunidade. Isso ajuda muito.  Eu sinto que a Amora confia em mim. E é muito bom trabalhar com alguém que acredita em ti.”

Você está com o shape perfeito. O que você fez para ficar com esse corpão?
“É tudo mentira! O shape está longe de ser perfeito. É televisão! Não acreditem (risos).”

E as coreografias do Merlô?
“A gente está fazendo umas coreografias sim. Estou tendo algumas aulas e tal. Mas é o que eu falei antes, todo mundo tem tudo dentro de si, em algum lugar adormecido um lado dançarino ou pé de valsa (risos). O ator sempre aprende acessar esses lugares. A buscar isso. Eu já dancei até o chão na adolescência e milhares de vezes na minha vida. A gente vai ficando velho, vai ficando besta, vai ficando sério. Mas, isso tudo está dentro de mim. Estou só resgatando e me dando a liberdade de fazer isso.”

Estar sem camisa o tempo inteiro exige mais cuidado?

“Eu estou com o mesmo peso que eu tinha há dez anos. Mas, eu voltei malhar somente para definir. Estou pegando pesado. Eu ia à academia de vem em quando. Duas vezes na semana. Agora, vou todo dia. Minha relação com o esporte não é uma busca para ter o corpo perfeito. E sim para me sentir bem. Eu amo fazer esporte! Pra mim, a melhor hora do meu dia é quando eu estou correndo, surfando e fazendo exercícios. É uma coisa que faço questão de fazer. Me faz bem. Fiz aula de natação dos nove aos vinte e um. Se eu não faço esporte, à noite eu não durmo bem.  Eu não quero ter o corpo perfeito. Eu só quero manter o meu padrão de vida. Quero estar sempre bem.”

E você está se depilando?
“Eu estou me depilando por causa das tatuagens. Ele tem uma tatuagem enorme no peito. No inicio, o local ficava muito irritado. Agora, já acostumei. Minha mulher está reclamando. Ela sempre pergunta quando eu vou deixar crescer novamente (risos).”

E esse cabelo?
“Não mudei nada no cabelo. Só passo um gel. Raspo e mantenho o topete.”

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Você saiu de um personagem denso em ‘Amor à Vida’. Como é estar interpretando agora um personagem bem divertido?

“Como na novela é muito grande o processo, a gente aprende a sair mais rápido do personagem. Não costumo levar muito para casa. Coloco a minha roupa e já sou o Cazarré de sempre. Era assim com o Ninho, e agora com o Merlô. Mas eu sou um ator que gosta de trabalhar com drama e bastante com comédia. Não tem nenhum que eu prefiro mais. São desafios diferentes. Eu sinto que a comédia é mais difícil de fazer. Na comédia tem que ser engraçado. Simplificando, eu amo atuar. Independente de gênero.”

Você é um cara brincalhão na vida?
“Eu sou um cara que gosto de fazer piada com os meus amigos, embora eu seja um cara bem sério. Sou bem humorado. Sou gaúcho, né? O humor do gaúcho é meio ácido. O meu humor é sempre mais para o lado irônico.”

Nas cenas, você aparece cantando. Você tem voz para cantar?
“É funk (risos)! Estou enrolando bastante.”

Entrevista: André Romano/Colaborador 

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