Entrevista com Cláudia Abreu: "coloco toda a perua que está dentro de mim para fora"

A atriz fala sobre sua personagem na novela Geração Brasil

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Depois do sucesso da personagem Chayene em Cheias de Charme, Cláudia Abreu volta para as telinhas como Pâmela Parker, uma americana rica e famosa, em Geração Brasil. Casada com o jovem e bem sucedido empresário Jonas Marra (Murilo Benício), a personagem é uma típica perua que adora ser o centro das atenções. Quando se muda para o Brasil com a família, reencontra o grande amor de sua vida, o brasileiro Herval (Ricardo Tozzi).
Cláudia Abreu mudou o cabelo e aprendeu a fazer sotaque americano para interpretar Pâmela. Ela contou como foi ficar longe da família durante as gravações nos EUA e sobre sua identificação com a personagem. Confira a entrevista!

Cláudia Abreu

Foto: Divulgação/TV Globo


GTV: Mais uma vez você está formando parceria com os autores Filipe Miguez e Izabel Oliveira, assim como aconteceu em Cheias de Charme. O sucesso da personagem Chayene pesou na sua decisão de voltar a trabalhar com a dupla de autores?

Cláudia: “Com certeza! Quando você faz um trabalho feliz, você quer repetir a parceria. Por isso que digo que foi uma alegria enorme por eles terem me chamado de novo. E eu aceitaria de cara, sem ler nada sobre a personagem, porque confio na equipe toda, na direção, nos autores. O Filipe e a Izabel são interessantes, modernos, antenados com tudo e ainda falam tudo com muito humor, o que é muito bom para o ator poder fazer humor e se exercitar em outro lado da profissão. Eu me sinto feliz e não gostaria de estar em outro lugar a não ser estar aqui na novela, onde eu estou.”

GTV: Além dos autores, você repete a parceria com alguns outros atores. Como é reencontrar os colegas de elenco, da época de Cheias de Charme agora em Geração Brasil?
Cláudia: “É maravilhoso ter a oportunidade de poder reencontrar o pessoal, só que agora de uma maneira diferente. A Isabelle, eu quase não contracenei em Cheias de Charme porque eu dividia muito mais as cenas com as outras duas ‘empreguetes’ (Leandra Leal e Taís Araújo). Então é ótimo estar agora trabalhando com a Isabelle, de quem eu sou fã desde a época da Emília (do Sítio do Pica Pau Amarelo), onde eu já a achava um gênio na dramaturgia. A Taís eu adoro, é minha amiga, porém, a gente não contracena nessa novela, mas adoro estar aqui ao lado de uma amiga como ela. E ainda posso reencontrar pessoas que eu já trabalhei antes como a Renata Sorrah, que é minha comadre, madrinha do meu filho, agora é minha sogra na novela. Ela já foi minha mãe numa outra novela. E adoro o Luiz Miranda, o Lázaro (Ramos), Murilo (Benício), que eu só tinha feito cinema com ele no longa-metragem O Homem do Ano. É muito bom ter tanta gente talentosa ao meu lado, pessoas bem-humoradas, engraçadas em volta. Eu tenho sempre que retocar a maquiagem porque eu tenho acesso de risos toda hora ao lado deles.”

Cláudia Abreu

Foto: Divulgação/TV Globo

GTV: Por falar em maquiagem, você mudou o cabelo. Gostou do resultado final?
Cláudia: “Gostei sim da cor e o meu desejo era fazer uma americana clássica, a namoradinha da América. E acho que o cabelo ficou bom.”

GTV: Como foi ir para Califórnia e ficar longe dos seus filhos Maria, Felipa, José Joaquim e Pedro Henrique? Foi difícil aguentar a saudade da família?
Cláudia: “A viagem por conta da novela foi muito boa. O ruim realmente foi ficar longe da minha família. A saudade estava lá o tempo inteiro e o meu plano era levá-los comigo. Mas como o vôo era muito longo e tinha escala, com um fuso horário de cinco horas, então não levei eles. Achei melhor deixá-los aqui já que todos estão na escola, ficam com o pai, têm a rotina e tudo mais, então achei que seria muito melhor pra eles ficarem aqui. E eu também estava trabalhando o tempo todo e não poderia dar tanta atenção para eles.”

GTV: Foi difícil segurar o lado mãe e aguentar a saudade dos seus filhos?
Cláudia: “Foi muito difícil. Eu nunca tinha ficado sozinha assim tanto tempo. Foi a primeira vez que fiquei só, tanto tempo sem eles ao meu lado. Poucas vezes eu viajei com o marido, dava aquela escapada rápida de cinco dias e depois voltava. Mas uma experiência como essa de fechar a porta do quarto do hotel e estar sozinha não. Eu não sabia o que era isso há muito tempo.”

GTV: A experiência foi boa?
Cláudia: “Foi muito bom porque chega o momento que a gente precisa da nossa individualidade para trabalhar e estudar, ter aquela paz para se organizar. E olhar a sua vida de fora é muito interessante, voltar com outras reflexões, foi muito bom. E foi engraçado porque lá a gente teve todo um lado adolescente, de turma, de ficar junto, sair para jantar todo dia, com alegria, de rir bastante, ir para quarto de um e ficar lá conversando por horas, algo totalmente diferente do clima das gravações do Brasil.”

GTV: Usou alguma tecnologia para falar com seus filhos?
Cláudia: “Usei muito o FaceTime. Usei direto.”

Cláudia Abreu

Foto: Divulgação/TV GloboCláudia: “Usei muito o FaceTime. Usei direto.”

GTV: Mesmo distante você conseguiu controlar tudo, a escola, ver se eles foram ao médico, se faziam os deveres de casa?
Cláudia: “Eu controlei tudo e isso de cada um deles.”

GTV: Você encontrou com muitos brasileiros por lá?
Cláudia: “Não. Encontrei com alguns, mas é completamente diferente de quando se vai a Nova Iorque ou a Miami.”

GTV: Geração Brasil vem abordar na trama os avanços da tecnologia. Como você vê esse mundo moderno de hoje em dia?
Cláudia: “Eu acho que antigamente a gente tinha o controle de quem estava ligando para a sua casa, entre outras coisas, agora não tem mais… Hoje nós não temos o controle de quem está te acessando, por onde, de onde. Mas, ao mesmo tempo, também não dá para se engaiolar e ficar uma pessoa fora da sua época.”

GTV: Seu último trabalho em folhetins foi Chayene. Agora, no ar como Pâmela Parker, você volta a dar vida a uma personagem extravagante…
Cláudia: “Isso é ótimo! Assim coloco toda a perua que está dentro de mim, que não exercito, para fora (risos). Mas estou brincando e não digo perua, mas sim uma loucura que é bom colocar no trabalho, já que na vida a gente administra dentro do possível, onde se pode ou não enlouquecer. Mas no trabalho é bom porque consigo extravazar vários lados meus que na vida não tenho como.”

GTV: Qual a diferença entre Chayene e Pâmela?
Cláudia: “É enorme! A Chayene queria fama a qualquer custo, o caráter era duvidoso e ela passava por cima de qualquer um para continuar a ser famosa. Ela ainda não tinha relação afetiva com ninguém, já que as suas relações amorosas eram projetadas no delírio. A Pâmela pensa como se ela estivesse sempre num reality show. Aliás, a vida dela sempre foi um reality show. Desde que ela nasceu ela sempre foi famosa. Então isso é natural. Ela sempre está num tom a mais, não só por ser americana, já que eles têm um tom acima, ela tem um tom que é o de sempre estar com uma câmera por perto. E, ao mesmo tempo, ela estabelece relações verdadeiras com a família. Apesar de ter o glamour, sempre com alguma representação, ela se importa com a filha, ama o marido, tem afeto verdadeiro, que não é algo fora dos padrões.”

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