Completando 15 anos de trajetória, o vocalista comemora o sucesso
Conquistando a simpatia do Brasil, a banda está há 15 anos espalhando seu ritmo contagiante com uma mistura de estilo musical próprio com o sertanejo. Nessa entrevista exclusiva para a Guia da Tevê, o vocalista Sandrinho fala da trajetória:
Guia da TV: Você está no grupo desde o início, né? Fale um pouco de como a banda começou. Vocês foram precursores na chamada tchê music, não é mesmo?
Sandrinho: Sim, estou desde o começo. Há quinze anos, éramos uma banda bem tradicional do Rio Grande do Sul, mas a gente queria conseguir popularizar a nossa música, fazer com que entrasse em todas as tribos e que elas curtissem: para quem curtisse pagode, quem curtisse sertanejo, pagode, rock, axé… Na época (da mudança), estava muito forte o axé e até por isso o tchê music, por causa da axé music. E a gente acreditava muito no nosso ritmo, que é um ritmo embalado, dançante, festivo, mas as nossas letras eram muito tradicionais. As coisas que a gente cantava, a gente mesmo nem entendia. A gente começou a popularizar, gravando músicas com letras do cotidiano.
Guia da TV: Isso foi mais ou menos em que época?
Sandrinho: Em 1999, 2000, mais ou menos. Ai, lançamos um CD novo com a música A Gente Chora, que foi o pontapé de tudo isso. Essa música foi um arrombo, teve um sucesso muito grande. Aí a mídia… Aí que teve o rolo da tchê music, porque os tradicionais queriam nos proibir de tocar em centros de tradição gaúcha. Então, a gente foi obrigado a migrar para outros cantos. Fomos tocar em boates, nos bailões… Então a juventude começou a se perguntar quem era o Tchê Garotos de que estavam falando. Quem era esse Tchê Garotos que estava causando tanta polêmica. Ali que começou a tal da tchê music.
Guia da TV: Com quem do sertanejo vocês mantêm uma amizade bacana?
Sandrinho: Temos uma amizade muito legal com o Edson, com o Hudson… Conhecemos bastante gente nesse meio. Temos amizade com João Bosco & Vinícius, com o Bruno da dupla Bruno & Marone, com Felipe, do Felipe & Falcão… Nossa, tem uma turma grande aí.
Guia da TV: Qual a idade do público? Tem uma faixa de idade que tem uma concentração maior?
Sandrinho: Tem uma faixa sim, que um público juvenil/adulto. Vai de 12, 13 anos aos 30. Esse é nosso grande público. Mas tem uma criançada de 4, 5 anos que se identifica muito com a gente.
Guia da TV: Atualmente vocês são em cinco músicos. Como é o dia a dia de vocês? O que costumam fazer pra se divertir, por exemplo?
Sandrinho: A gente se diverte muito. É o que mantém nossa força até hoje, depois de 15 anos de banda, a continuar na estrada. A gente se diverte bastante mas respeita muito um ao outro. Cada um de nós cinco tem uma conta aqui na banda. Um é financeiro, outro cuida do site, outro cuida das vendas, eu cuido da parte musical. Sou nosso produtor musical…
Guia da TV: Então, vocês mesmo gerenciam a banda?
Sandrinho: Sim, nós sempre gerenciamos a banda.
Guia da TV: Quando têm uma folga, o que costumam fazer?
Sandrinho: Aqui todo mundo é churrasqueiro. Todos adoram fazer um churrasco. E todo mundo gosta muito de futebol. A galera toda joga futebol. Tem também os que são trilheiros. Dois componentes gostam de fazer trilha de moto. Esses são nossos passatempos.
Guia da TV: Tem algum perna-de-pau no futebol?
Sandrinho: O mais perna-de-pau é o Fernando.
Guia da TV: E quem manda bem?
Sandrinho: Ah, cara! Eu sou suspeito pra falar, né? (risos) Bota aí que os outros jogam igual, assim…
Guia da TV: Nossas leitoras gostam de saber dos micos que os artistas pagam. Pode contar um pra gente?
Sandrinho: Uma vez eu estava cantando e, sem querer bati com o microfone no meu dente. Aconteceu faz um tempão, mas sinto trauma disso até hoje. Bati com o microfone no dente da frente e ele quebrou praticamente inteiro. Fiquei banguela no palco, fiquei apavorado, cara! Todo mundo olhava e ficava dando risada. Mas eu peguei o dente e continuei cantando até o fim. Foi terrível. Aconteceu no meio do show.
Guia da TV: Conseguiu recuperar o dente depois?
Sandrinho: Na verdade o que aconteceu é que eu tinha Super Bonder na minha bolsa. Então, deixei para o outro cantor ficar cantando as músicas, fui lá no ônibus correndo, peguei aquele Super Bonder, colei o dente e voltei pra cantar. E ele não caiu! No outro dia, eu fui no dentista e aí ele deu um jeito de arrumar.
Guia da TV: Teve um assédio mais exagerado, uma loucura de fã?
Sandrinho: Várias coisas já aconteceram: de gente chorar, de gente desmaiar…
Texto: Larissa Faria
Entrevista: Ricardo Piccinato
Foto: Divulgação