Nesta quarta (02.11), as irmãs Simone e Simaria, revelações da música sertaneja, contaram sobre o drama que vivem na busca pelo corpo do pai que há 20 anos foi enterrado como indigente. O desabafo foi durante uma entrevista no programa “De Cara”, na rádio FM O Dia. Entenda o caso!
Infância difícil
“A gente não tinha dinheiro, não tinha nada. A gente morava numa casa de tábua, no meio do garimpo, que é onde você vai pra pegar diamante, pra ver se acerta na vida, e o garimpo era o Garimpo do Arroz. Um lugar muito perigoso. Todos os dias a gente via pessoas mortas na porta de nossa casa, assassinadas mesmo. Foi muito triste nossa infância com nossos pais”, contou Simaria sobre as dificuldades que tinham além da falta de grana.
A morte do pai
“Ele tinha 44 anos e foi tomar banho. Minha mãe chamou. Meu pai era assim, quando minha mãe chamava, ele respondia logo. E a gente era louca nele. Ele era incrível. Ele não respondeu. A casa era de madeira, quando olhei pelas frestas, vi ele deitado no chão, lembro até hoje, com a água caindo nos pés”, desabafou a cantora, bastante emocionada.
A irmã Simone completou: “Minha mãe, como não teve estudo, e a gente era muito criança… Os amigos que ajudaram a fazer o enterro. E foi assim. Hoje a gente briga na justiça pra conseguir achar o corpo pra fazer tudo direitinho, agora que a gente pode.”
As tentativas de encontrar o corpo
Chorando, Simaria finalizou contando o que já passaram na busca pelo corpo do pai. “Já abriu duas vezes, mas não achou. Achou uma mulher, outra pessoa, mas ele não. Eu tinha 11 anos quando ele morreu. E eu, nessa correria louca, ainda não consegui parar pra resolver, porque depende da Justiça pra determinar um dia para exumar o corpo.”
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