Como superar o luto da morte de alguém especial

Saiba como superar o luto da morte de uma pessoa querida! Veja dicas de como passar por essa situação delicada e complicada

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Perder algo ou alguém significativo nunca é fácil: de modo geral, a falta emocional vem acompanhada de muito sofrimento, medo e até culpa, sentimentos que, juntos, podem desequilibrar a rotina de qualquer pessoa.

O luto, no entanto, não é exclusivo de momentos de morte de pessoas próximas: ele acontece no dia a dia, sempre que nos vemos diante da obrigação de abrir mão do que é importante para nós, mas não pode ser alcançado. Lidar com essa frustração é fundamental para ter uma vida mais feliz e psicologicamente saudável.

Mulher triste

FOTO: iStock

O que acontece quando se perde alguém

Para a psicóloga Gabriela Casellato, especialista em luto, ficar confuso, triste e abatido a partir de uma perda não pode ser considerado bom nem ruim: trata-se de um processo normal e, até esperado, de reação frente a uma situação difícil.

O que pode torná-lo ruim são os fatores de risco com potencial de agravar essa vivência, como as dificuldades secundárias à perda (por exemplo, as financeiras), problemas de saúde associados, isolamento social, entre outros, comenta. Ela explica que o luto promove uma situação de crise, pois mobiliza mudanças importantes e definitivas na vida, na rotina e na identidade do indivíduo, sem que, necessariamente, ele esteja preparado para elas. Por isso, pode ser vivido de forma estressante ou com períodos de estresse agudo, que refletem a adaptação à nova conjuntura.

O desabafo é importante

De acordo psicólogo clínico Breno Rosostolato, falar sobre morte é importante para o crescimento e o desenvolvimento emocional. “De fato, ninguém está preparado para uma notícia de falecimento“, comenta.

Nesse momento, é normal sentir-se só e desamparado, porém, Breno comenta que a presença dos amigos e familiares deve ir no caminho contrário, ou seja: apoiar e fazer com que você se sinta bem.

Homem, branco, moreno, sozinho, triste, olhando pela janela, de luto

Foto Istock.com/Getty Images

CONHEÇA AS FASES DO LUTO

A negação é a primeira fase do luto

A dor e o sofrimento da perda é insuportável a ponto de ser entendido pela pessoa como algo irreal, ou seja, não é possível admitir a morte.

A raiva surge depois da negação

É comum o seguinte pensamento “por que a mim?” ou “por que comigo?”. Surgem sentimentos de raiva e até ódio. Uma fase conflituosa e bastante agitada por conta da mistura de inúmeros sentimentos negativos.

A negociação ou fase de barganha surge quando a pessoa passa a cogitar e reconhecer a perda

Diante disso, surgem as tentativas de negociar, na maioria das vezes com Deus, para que esta não seja verdade. A depressão acontece quando o indivíduo toma consciência, de fato, da perda, e, portanto, da ausência do outro que se foi.

Por fim, a fase da aceitação

Esta fase é quando a pessoa aceita a perda, conforma-se com a morte de maneira serena, sem desespero e menos conflitiva. A tendência é que nesta fase, a pessoa consiga preencher as lacunas e “buracos emocionais” deixados pela pessoa que morreu.

A duração das fases é muito relativa e depende de como a pessoa vivencia o luto. O processo é muito pessoal e não se tem uma precisão ou um padrão de duração das fases. O que se sabe é que da fase de depressão para a aceitação leva-se mais tempo, justamente porque requer uma conscientização e uma reflexão mais aprofundada e elaborada da pessoa“, comenta Breno Rosostolato.

Mulher, sozinha, sentada, triste, noite, luto

Foto Shutterstock

Tratamento adequado

Passar por uma perda rápida e traumática pode causar uma série de problemas se não forem tratados no momento. É importante que a pessoa que está de luto procure ajuda psicológica se a situação não demonstrar melhoras.

Bruno enfatiza a necessidade de acompanhamento: “O que devemos ficar atentos é ao processo do luto, inevitável, mas que, se for prolongado, pode trazer consequências negativas afetivamente. O luto ocorre logo após a morte da pessoa querida e é um leque de sentimentos e emoções que requer um tempo para ser assimilado, cada um a seu tempo e diante das feridas sofridas, mas na maioria dos casos, os sentimentos são vividos como a maioria da pessoas“, alerta.

Mão segurando um terço

FOTO: iStock

Como aceitar a morte na religião cristã

A vida é o maior presente que Deus nos proporcionou. Mas, infelizmente, não sabemos quando isso vai acabar e a qualquer momento podemos partir ou perder alguém especial, por isso, a morte é um dos maiores mistérios que convivemos dia a dia.

“Sem dúvida, a morte nos assusta, intimida e faz com que, constantemente, reflitamos sobre a fragilidade da condição humana. Não raro, nos momentos de perda, especialmente aquelas inesperadas, ouvimos alguém dizer: ‘Nós não somos nada’. O desespero e a melancolia são plenamente justificáveis para quem encara a morte como o fim de tudo. Da mesma forma, se entendermos o último suspiro aqui na Terra como a extinção da identidade de uma pessoa, todos os nossos conceitos e valores universais caem por terra. Tudo é permitido”, explica Padre Reginaldo Manzotti.

Apesar disso é importante levar em consideração que a morte é uma oportunidade que um cristão tem de, futuramente, se encontrar com o Pai. E o próprio sacerdote nos transmite isso: O ponto de partida para encararmos a morte é, portanto, justamente o exemplo de Nosso Senhor Jesus Cristo, que já a venceu. A fé em sua ressurreição e na continuidade da vida após a morte é fundamental, tanto para nossa própria experiência de finitude quanto para vivermos o luto de quem já se foi.”

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Texto: Adriana Serrano, Carolina Freire e Melissa Marques

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