O verão chegou: a época de passar o tempo na piscina, na praia e aproveitando para pegar uma corzinha e curtir o que há de bom. Porém, é importante levar em conta algumas precauções quando se fala de umidade em excesso.
As doenças do verão podem aparecer a qualquer momento, principalmente depois de uma temporada na praia. A dermatologista Márcia Pontes explica as principais causas das micoses e como fugir desse problema tão incômodo:
Fuja dos fungos!
Segundo a médica, “micose é o nome genérico dado a várias infecções causadas por fungos. Existem cerca de 230 mil tipos de fungos, mas apenas 100 que causam infecção. Visto que os fungos estão em toda a parte, é inevitável a exposição a eles”.
Portanto, todo cuidado é pouco! No verão, é mais comum os fungos se reproduzirem, por conta da alta umidade de clubes e piscinas. “Isso pode dar origem a um processo infeccioso que, dependendo do fungo ou da região afetada, pode ser superficial ou profundo”, revela a dermatologista.
Formas de contágio
Márcia Pontes apontou as formas mais comuns de contágio da doença:
- Contato com animais de estimação
- Chuveiros públicos
- Lava pés de piscinas e saunas
- Andar descalço em pisos úmidos ou públicos
- Uso de toalhas compartilhadas ou mal lavadas
- Equipamentos de uso comum (botas, luvas)
- Uso de roupas e calçados de outras pessoas
- Uso de alicates para cutícula e tesouras não-esterilizadas
- Contato com material contaminado em geral.
- Usando de roupas úmidas por tempo prolongado.
- Uso de sapatos fechados
- Doenças como diabetes ou que afetem o sistema imunológico
- Exagero no uso de sabonetes e sabões degermantes (os que prometem matar todos os germes e bactérias são mais agressivos e causam um ressecamento ao retirar a oleosidade natural da pele) que provoquem destruição da barreira natural da pele
Principais sintomas
Dependendo da micose e do local em que ela se manifesta, a doença pode ser grave ou fácil de tratar. Existem dois tipos: as micoses superficiais (os fungos se localizam na parte externa da pele) e as micoses profundas (infecções que afetam a profundidade da pele ou subcutâneas).
Entre as micoses superficiais, a mais conhecida é a frieira, também chamada de “pé-de-atleta”. “Em alguns casos, a cura pode demorar vários meses. A onicomicose (infecção fúngica da unha) também é extremamente frequente na população adulta, particularmente nas unhas dos pés. A Pitiríase Versicolor, conhecida vulgarmente como pano branco, é uma micose superficial causada pela levedura Pityrosporum ovale. No couro cabeludo e áreas extensas do peito ou face podem surgir infecções por fungos ou leveduras como a caspa e a dermatite seborreica”, explica a especialista.
Nas micoses profundas, o problema pode ser grave a ponto de infectar órgãos internos: “Na micose subcutânea normalmente a infecção fica restrita à pele. Na micose profunda, os fungos se espalham através da circulação sanguínea e linfática. Podem infectar a pele e órgãos internos como pulmões, intestino, ossos e até mesmo o sistema nervoso”.
Alguns procedimentos diminuem o risco de se contrair uma micose:
- Sempre use sandálias;
- Evite andar descalço em pisos úmidos;
- Nunca use toalhas compartilhadas, especialmente se estiverem úmidas ou mal lavadas;
- Após o banho enxugue-se bem, principalmente nas áreas de dobras, como o espaço entre os dedos dos pés e virilha;
- Use sempre roupas íntimas de fibras naturais como o algodão, pois as fibras sintéticas prejudicam a transpiração;
- Verifique se os objetos de manicure, como alicates, tesouras e lixas são esterilizados. Melhor ainda se tiver um de uso exclusivo seu;
- Em contato prolongado com detergentes use luvas e enxágue as mãos toda vez que usar esponja;
- Evite utilizar pentes ou escovas de cabelo de outras pessoas;
- Evitar uso de roupas molhadas.
Como tratar?
A dermatologista dá algumas dicas de como tratar o problema:
- Lavar diariamente a área infectada;
- Secar muito bem sem friccionar;
- Usar toalhas diferentes para limpar outras zonas do corpo;
- Cortar o cabelo, pelos e unhas atingidos;
- Trocar diariamente as meias.
Nunca se esqueça de procurar a ajuda de um dermatologista. Se as doenças não forem cuidadas a tempo, podem levar à infecção graves.
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Texto: Isabela Zamboni Consultoria: Márcia Pontes – dermatologista – RJ Membro da International Society of Dermatology Telefones: (21) 2611.3861 – 2259.7744