O câncer de pele é uma doença que pode atingir qualquer pessoa em qualquer idade. Por isso, é importante tomar os cuidados necessários de prevenção e ficar atento aos sinais incomuns que podem surgir durante o desenvolvimento do tumor. O oncologista Geraldo Felício explica que a principal causa da doença é a exposição excessiva aos raios solares. “A pele é o maior órgão do corpo e fica mais exposta à fatores ambientais. Os raios ultravioletas (UV) incidem nas células e geram mutações que podem desencadear o câncer”, completa. Entenda como acontece o tratamento do câncer de pele!
Os tipos mais comuns
Não-melanoma: atinge as células localizadas na parte mais superficial da pele como as basais e escamosas.
Melanoma: se origina nos melanócitos, células que produzem melanina e são mais profundas. “Esse tipo apresenta mais risco de se espalhar para outros órgãos do corpo”, aponta Geraldo.
Como evitar?
Essa etapa não tem segredo! A melhor forma de prevenir o desenvolvimento da doença é não se expor à radiação solar. Segundo a oncologista Glaucia Simioni, é preciso evitar o sol ao máximo e, quando não for possível, aplicar o bloqueador na pele para se proteger. Confira algumas recomendações:
- Aplicar uma camada espessa de filtro solar (fator 30, no mínimo) no corpo;
- Não tomar sol (em praias ou piscinas) entre 10h e 16h.
- Não ficar perto de superfícies refletoras como água, areia ou vidro;
- Usar chapéu ou boné para proteger o rosto;
- Ficar embaixo do guarda-sol e usar óculos escuros (previne a catarata).
“É preciso reaplicar o bloqueador solar a cada duas horas, pois, com o passar do tempo, o fator de proteção (FPS) vai perdendo a força. Se entrar na água ou transpirar muito, tem que aplicar de novo também”, Glaucia Simioni, oncologista
Como identificar?
Os oncologistas recomendam muita atenção com as irregularidades como manchas diferentes e pintas disformes. “É preciso saber o A, B, C, D e E da pele”, diz Glaucia.
- “A” de assimetria: quando o formato não é proporcional;
- “B” de bordas: conferir se as bordas acompanham o formato da pinta/mancha;
- “C” de cor: sinais de cores variadas e incomuns;
- “D” de diâmetro: maiores que 5 milímetros são perigosas;
- “E” de elevação: quando ficam mais altas que a pele;
Geraldo também destaca as feridas que demoram muito tempo ou não cicatrizam. Faça o autoexame e veja se sua pele apresenta alguma irregularidade.
Tratamento
- Cirurgia de retirada do tumor: pode ser feita pelo método de congelamento ou extração com corte.
- Quimioterapia: uso de medicamentos para eliminar as células cancerosas.
- Radioterapia: utiliza raios de alta energia que matam as célular ou fazem o tumor encolher.
- Imunoterapia: utiliza compostos pesados aplicados por injeção para previnir o retorno do melanoma.
Protetor solar
É essencial criar o hábito de aplicar o protetor solar diariamente. Em ambientes fechados, as luzes emitidas pelas lâmpadas também lesionam a pele. A recomendação da oncologista é escolher um produto com UVA – protege contra o envelhecimento pois penetra mais – e com UVB – previne o câncer bloqueando comprimentos específicos de onda. Pessoas que são mais brancas, se queimam facilmente, posssuem sardas ou multiplas pintas ou têm dificuldade de se bronzear estão mais propensas a desenvolver câncer de pele. Mas, indenpendente disso, todos devem se proteger!
Texto: Redação Alto Astral | Consultoria: Geraldo Felício da Cunha Junior, oncologista; Glaucia Simioni, oncologista e professora da Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo
LEIA TAMBÉM:
- Entenda a relação entre exercício aeróbico e musculação e aumente o ganho de massa magra!
- Confira algumas dicas para acelerar o metabolismo
- Saiba como cuidar da labirintite, suas causas e formas de prevenção