Considerado como a última opção, o transplante só acontece quando o coração sofre com danos irreversíveis ou quando a insuficiência do órgão deixa sua expectativa de vida abaixo de dois anos. “O transplante é indicado nos graus extremos de insuficiência cardíaca, quando todas as estratégias clínicas foram insuficientes para oferecer qualidade e quantidade de vida ao paciente”, explica o cardiologista Hélio Castello.
No entanto, para que o transplante possa ocorrer, o paciente necessita passar por uma extensa avaliação médica. “Existem equipes multiprofissionais que avaliam os candidatos ao transplante, tanto ao grau de doença e opções esgotadas de tratamento quanto aos aspectos nutricionais, psicológicos, orgânicos (se há alguma outra doença debilitante ou de baixo prognóstico), físicos e sociais (condições mínimas de higiene pelo maior risco de infecção no pós-transplante)”, complementa o profissional.
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Como funciona o transplante?
O transplante é feito por meio de uma equipe médica especializada, em um hospital devidamente equipado. Existem dois tipos de transplante de coração: em uma das técnicas, o coração é totalmente substituído por um novo órgão; já na segunda, deixa-se parte do órgão do paciente e por cima dele coloca-se outro coração.
A cirurgia é complexa, demandando bastante tempo da equipe médica. Além disso, após o transplante, o paciente permanece internado por cerca de um mês para se recuperar e evitar infecções.
Quais os riscos?
Toda cirurgia oferece riscos, e com o transplante de coração não é diferente: infecção, rejeição do órgão transplantado, desenvolvimento de aterosclerose (entupimento das artérias cardíacas) e aumento do risco de desenvolver câncer são algumas das consequências que o transplantado pode ter que encarar. “Existem riscos, porém seu conceitos e benefícios já estão bem definidos, sendo assim, a cirurgia só será indicada quando o benefício for bem maior que o risco”, salienta o cardiologista.
Texto Juliana Mesquita/Colaboradora
Consultoria Hélio Castello, cardiologista