Santa Edwiges costuma ser conhecida como protetora da família, dos pobres e dos endividados. Nas igrejas construídas em sua homenagem, os devotos sempre pedem sua ajuda por meio de preces, segurando a carteira de trabalho em uma das mãos, certos de que alcançarão verdadeiros milagres. Conheça a vida da santa que pedia aos seus devotos: mais amor a Jesus na Eucaristia e auxílio aos necessitados.
SAIBA MAIS
Receba graças com a novena de Santa Clara de Assis
3 orações a São Sebastião para afastar os males
Vença os problemas com a novena poderosa de Santa Edwiges
História iluminada
Nascida no ano de 1174, na Alemanha, Edwiges tinha uma família numerosa e dotada de grandes riquezas, por isso, foi criada com conforto e com uma boa base religiosa. Aos seis anos de idade foi internada em um mosteiro, onde recebeu uma rígida educação, aprendeu as Sagradas Escrituras e foi preparada para a vida. Quando completou seus 12 anos, casou-se com o príncipe da Silésia, atual região da Polônia, com quem teve seis filhos, sendo que dois deles morreram ainda pequenos. Apesar de todo sofrimento, ela encontrou na sua fé em Deus forças para continuar a sua caminhada. O maior desejo de Edwiges era construir o Reino do Senhor, por isso, exerceu fortes influências nas decisões políticas tomadas pelo seu marido, interferindo até na elaboração de leis mais justas para a sociedade. Com o próprio dinheiro, construiu igrejas, mosteiros, hospitais, conventos e escolas. Por esse motivo, em algumas representações, a santa aparece com uma igreja entre as mãos.
Dedicação ao Senhor
Quando Edwiges fez 32 anos de idade, decidiu fazer voto de castidade, que foi respeitado pelo seu marido. Ela vivia em comunhão com Deus, por meio das orações e da prática de jejuns diários. Limitava-se a comer alguns legumes secos nos domingos, nas terças, nas quintas e nos sábados. Nas quartas e sextas-feiras, alimentava-se somente de pão e água para atender as necessidades do corpo. Já na Quaresma, comia só o necessário para evitar os desmaios. Diz a tradição que, em uma quarta-feira de Quaresma, o marido de Edwiges ficou furioso ao ver apenas água sobre a mesa, sendo que ele adorava vinho. Então, ela ofereceu uma taça, em que continha um líquido que se mostrou como vinho. Esse foi um dos milagres que ela realizou. Um tempo depois, Edwiges teve uma grave enfermidade. Foi preciso que o Bispo de Módena, representante do Papa, exigisse com uma severa ordem a interrupção de seus jejuns. A santa, por sua vez, dizia que acabar com os jejuns era mais mortificante do que a sua própria doença.
Auxílio aos necessitados
Quando Edwiges ficou viúva, foi morar no Mosteiro de Trebnitz, na Polônia. A partir daí, passou a se dedicar inteiramente aos pobres, doentes, endividados e aos trabalhos monásticos. Ela também tinha um carinho especial pelas mulheres e crianças abandonadas. Encaminhava as viúvas para os conventos onde estariam abrigadas em casos de guerra e as crianças para escolas, onde aprendiam um ofício. Em certa ocasião, quando visitava um presídio, ela descobriu que muitos estavam ali porque não tinham como pagar o que deviam. Desde então, Edwiges saldava as dívidas dos detentos e devolvia-lhes a liberdade. Procurava também emprego para eles. Com isso, os presos recomeçavam a vida com dignidade ao lado de seus familiares. Canonizada em março de 1267, Santa Edwiges se tornou ‘oficialmente’ a padroeira dos pobres, dos endividados e protetora das famílias.
Edição: Júlia Martins/Colaboradora | Design: Aline Barudi