O universo dos transtornos alimentares abrange diversos tipos de distúrbios que envolvem as maneiras como a pessoa costuma se alimentar. Confira alguns deles:
Compulsão alimentar
O mecanismo da compulsão alimentar é cíclico. “A pessoa se sente mal (por alguma razão que ela pode desconhece), consome um volume grande de comida, se sente um fracasso porque comeu muito e, por causa do sentimento negativo, começa a comer novamente”, explica a nutricionista Paola Altheia. Na maioria dos casos, quem sofre com a compulsão possui problemas com o peso, por causa do grande volume de alimento ingerido.
Bulimia
Neste distúrbio ocorre o mesmo mecanismo da compulsão. A pessoa apresenta uma sensação de descontrole diante da comida e acaba ingerindo um grande volume de alimento em um período curto de tempo. No entanto, após o episódio compulsivo, o indivíduo sente culpa e realiza métodos purgativos como o vômito induzido, abuso de atividades físicas e até mesmo o uso de laxantes e diuréticos.
Anorexia
De forma geral, as pessoas com anorexia são emocionalmente feridas e apresentam quadros de ansiedade. Por isso, buscam controlar ao menos um aspecto de sua vida que, no caso, é a alimentação. “Elas passam a consumir um volume muito pequeno de comida, o que faz o corpo promover uma adaptação para se manter vivo. Dessa forma, a pessoa sente que não precisa de comida – essa fase pode ser chamada de ‘orgulho anoréxico’”, acrescenta a nutricionista.
Ortorexia
É o transtorno que menos se relaciona com a imagem corporal. A preocupação é mais forte quanto à prevenção de doenças, como o câncer, por exemplo. A pessoa passa a ficar obcecada por uma alimentação “limpa”, saudável. Segundo Paola, “procura alimentos orgânicos, lê rótulos compulsivamente e se priva de diversos alimentos que não considera ‘puros’ para o consumo. Sua lista de alimentos não permitidos é muito grande”. Como consequência, na maioria das vezes, ocorre um emagrecimento muito rápido e o desenvolvimento de deficiências nutricionais.
Vigorexia
Este distúrbio ocorre com mais frequência entre os homens, mas também há incidência entre as mulheres. O objetivo é desenvolver músculos, ficar “grande”. O problema é que a pessoa nunca fica satisfeita com os resultados e não se vê musculosa o suficiente. Ela se torna obcecada por musculação e passa a organizar toda a sua rotina e interesse para a prática.
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Texto e entrevista: Jéssica Pirazza/Colaboradora – Edição: Giovane Rocha/Colaborador
Consultoria: Paola Altheia, nutricionista e autora do blog Não sou exposição (naosouexposicao.wordpress.com)