Marilyn Monroe e Princesa Diana tiveram suas mortes encomendadas. Getúlio Vargas e Hitler não se suicidaram. Esses são apenas quatro exemplos de uma infinidade de mortes a partir das quais surgiram verdadeiras teorias da conspiração, apontando versões não oficiais repletas de mistérios, e também com pitadas de loucura. Mas de onde surgem tantas histórias?
Descrença nas autoridades
Em janeiro de 2012, três pesquisadores da universidade britânica de Kent, Michael Wood, Karen Douglas e Robbie Sutton, divulgaram um estudo bastante completo sobre teorias da conspiração. Nessa análise, publicada no periódico científico Social Psychological and Personality Science, eles relatam que esse tipo de paranoia é frequente por conta da descrença que algumas pessoas possuem em relação ao que é dito pelas autoridades.
Assim, qualquer coisa que sai da boca dos mais poderosos é automaticamente desacreditada – o que leva até a algumas conclusões contraditórias, quando, por exemplo, os entrevistados se mostraram inclinados a acreditar que Osama Bin Laden já estava morto, ao mesmo tempo em que admitiam também a forte possibilidade de ele ainda estar vivo. Ou seja, sentem-se atraídos por tudo o que contradiga as explicações oficiais.
Teorias da conspiração à francesa
Engana-se quem acredita que foi só com o advento da internet que as teorias da conspiração mais mirabolantes se espalharam. A Revolução Francesa, que ocorreu entre 1789 e 1799 e derrubou o absolutismo monárquico no país, foi alvo de boatos desse tipo já em 1797.
Dois livros publicados sobre o assunto – Memoires pour Servir à l’Histoire du Jacobinisme, de Augustin du Barruel, e Provas de uma Conspiração Contra todas as Regiões e Governos, do escocês John Robison – alegaram que o movimento foi resultado de uma conspiração da sociedade secreta dos Illuminati, fundada em 1776 para difundir o pensamento iluminista de racionalidade e igualdade.
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