É fato que a genética influencia no ganho de peso, mas isso não pode servir como desculpa para adiar a dieta, ou como motivo para culpá-la pelo excesso de peso! Mesmo apresentando essa característica, o emagrecimento é consequência da determinação pessoal, do cardápio equilibrado no dia a dia e da realização de atividades físicas regulares, igual a uma pessoa que não tem a predisposição, conforme explica Caroline Sangalli, nutricionista de Porto Alegre (RS). A tendência a engordar não influencia na fome ou na vontade de consumir alimentos calóricos, mas ela pode, e deve, ser combatida com um cardápio saudável.
Como identificar
A primeira análise deve ser feita dentro de casa, observando a família. Se os pais, irmãos e avós forem cheinhos, a tendência é seguir o padrão familiar. Outra forma de identificar a característica é a realização de um exame que mostra o índice glicêmico em relação ao teor de insulina produzido pelo pâncreas. Quando a glicose não é conduzida à célula pela insulina e é liberada de maneira insuficiente, a pessoa nunca está satisfeita com o que come. E isso vira um ciclo, em que o indivíduo consome cada vez mais e não se sente saciado, acarretando em hiperinsulinismo, precursor do diabetes tipo 2.
Vencendo a genética
Driblar a tendência e obter sucesso na perda de peso não é difícil, e você não precisa fazer nada além do normal. Isso porque a característica genética corresponde a 40% no processo de ganho de peso. Portanto, os outros 60% são fatores externos, que podem ser combatidos com facilidade. Primeiramente, é preciso se organizar no dia a dia para conciliar cardápio saudável e atividades físicas regulares, já que o sedentarismo agrava o excesso de peso e fazer exercícios acelera o metabolismo. A dieta deve incluir frutas, verduras e legumes, e evitar alimentos altamente calóricos como doces e frituras.
Metabolismo x mulher
As mulheres são as que mais têm propensão a engordar. Isso se deve ao metabolismo lento, causado pela quantidade menor de massa magra que elas possuem em relação aos homens. Quanto mais massa magra no corpo, mais acelerado é o metabolismo e maior é a queima de calorias e gorduras. Outro ponto negativo para as mulheres é que elas gastam mais serotonina, hormônio responsável pela sensação de bem-estar. Durante a TPM (Tensão Pré- Menstrual), a perda dessa substância é maior, acarretando a compulsão por comida e doces, principalmente chocolate, para compensar essa falta.
Dicas de como vencer a balança
- Coma de 3 em 3 horas: esse hábito acelera o metabolismo e evita que você coma em excesso nas principais refeições.
- Durma bem: durante o sono produzimos o hormônio do crescimento, que na idade adulta promove a queima de calorias. Quanto mais tempo você dormir, mais calorias irá queimar! Mas atenção, isso vale somente para o sono da noite e, no máximo, até 8 horas!
- Vá devagar: faça as refeições em locais adequados, com calma e preste atenção no que está comendo.
- Faça lanchinhos: antes do almoço ou do jantar coma uma fruta, tome um copo de suco ou um iogurte. Assim seu corpo entende que já começou a se alimentar e você não fica com tanta fome na hora das refeições.
Texto: Júlia Prado
Consultoria: Caroline Sangalli, nutricionista de Porto Alegre (RS)
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