Hoje não tem mais jeito: é supercomum ver as pessoas grudadas nos seus smartphones, acessando redes sociais, mandando mensagens, enfim, gastando um tempinho ou tempão nos celulares. A questão é que esse hábito que já está virando cultural iria inevitavelmente chamar a atenção dos especialistas. E a ciência já cravou: a tecnologia afeta as suas decisões.
Tecnologia afeta suas decisões
Apesar da praticidade que os aparelhos móveis trazem, o uso constante de smartphones e tablets pode deixar o cérebro dos usuários desses gadgets mais “preguiçoso”, aponta um estudo da Universidade de Waterloo, no Canadá.
De acordo com os pesquisadores, o uso desses dispositivos, principalmente para pesquisas, afeta a tomada de decisões do indivíduo. Isso ocorre porque o usuário deixa de buscar informações que já possui em sua memória. Em testes lúdicos e de raciocínio lógico, os melhores desempenhos foram registrados por voluntários que navegaram por menos tempo nos aparelhos.
Já os piores resultados foram das pessoas que mais utilizaram os smartphones, sendo consideradas como “cognitivamente preguiçosas” pelo estudo. As informações obtidas ainda são iniciais e mais testes são necessários para descobrir os efeitos dos aparelhos móveis no cérebro (se são consequências a longo prazo, se afetam mais funções cerebrais, entre outros)
Perigos mais sérios para o cérebro
Depressão e síndrome do pânico são algumas doenças que podem ser encobertas pelo uso compulsivo de redes sociais, uso esse que foi inevitavelmente intensificado com o advento dos smartphones e tablets. Além disso, indivíduos acometidos podem ser presas fáceis para criminosos virtuais que desejam obter dados de contas bancárias ou mesmo marcar encontros suspeitos fora da internet.
Mas não é necessário ter intenções tão ruins para levar compulsivos “na lábia”. Uma propaganda de um produto que promete revolucionar a vida de uma pessoa pode convencê-la facilmente a comprá-lo, sem sequer duvidar de seus efeitos. Sites de relacionamentos também podem representar um perigo pois, com a autoestima baixa, as pessoas se envolvem mais facilmente e podem se decepcionar com maior frequência, seja por não receber likes ou fazer combinações, ou por não ser a pessoa esperada fora do mundo virtual.
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Texto: Érica Aguiar e Andrey Seisdedos/Colaborador – Edição: Victor Santos