TPM turbinada? Entenda o que é TDPM e saiba como controlar

O transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM) é uma espécie de TPM turbinada, em que sintomas emocionais predominam, e necessita de tratamento

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De 3% a 11% das mulheres em idade reprodutiva apresentam os sintomas da TPM de maneira severa, segundo uma revisão de estudos divulgada na Revista de Psiquiatria Clínica, do Hospital das Clínicas da USP. Esses sintomas podem levar a prejuízos sociais, familiares ou profissionais, caracterizando o transtorno disfórico pré-menstrual, o TDPM, uma variante da TPM.

No TDPM, o principal e mais perturbador sintoma é a oscilação de humor. Ansiedade, irritabilidade e manias compulsivas aparecem de forma intensa na semana anterior à menstruação, cessando junto com ela.

Mulher irritada com as mãos na cabeça, aborrecida com os inimigos do cabelo

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Transtorno disfórico pré-menstrual ou TPM?

Para tratar melhor os sintomas, o Transtorno Disfórico Pré Menstrual deve ser diferenciado da TPM comum, além de investigar se ele não está apenas potencializando os sintomas de outras doenças psiquiátricas.

“Eles podem ser a primeira manifestação de que algo não está bem e, em muitos casos, é a válvula de escape utilizada pelo corpo feminino para exteriorizar aquilo que se está sentindo”, diz a ginecologista Mara Diegoli.

Sintomas

Segundo o Manual de Diagnóstico e Estatística da Associação Psiquiátrica Americana (1994), para diagnosticar o transtorno, a mulher deve apresentar no mínimo cinco dos seguintes sintomas durante a semana que antecede a menstruação, e ao menos um deles deve ser o de número 1, 2, 3 ou 4:

1 Humor deprimido, sentimentos de falta de esperança ou pensamentos autodepreciativos.

2 Ansiedade acentuada, tensão, sentimentos de estar com os “nervos à flor da pele”.

3 Significativa instabilidade afetiva.

4 Raiva ou irritabilidade persistente e conflitos interpessoais aumentados.

5 Interesse diminuído pelas atividades habituais.

6 Sentimento subjetivo de dificuldade em se concentrar.

7 Letargia, fadiga fácil ou acentuada falta de energia.

8 Alteração acentuada do apetite, excessos alimentares ou avidez por determinados alimentos.

9 Hipersonia (excesso de sono) ou insônia.

10 Sentimentos subjetivos de descontrole emocional.

11 Outros sintomas físicos, como sensibilidade ou inchaço das mamas, dor de cabeça, dor articular ou muscular, sensação de inchaço geral “e ganho de peso”.

Sob controle

Na fase dos sintomas intensos, isto é, na semana anterior à menstruação, o comportamento de muitas mulheres com Transtorno Disfórico Pré-Menstrual é semelhante ao de pessoas com transtorno depressivo maior (nome dado à depressão como doença) em relação às atividades familiares, sociais e ocupacionais (no trabalho, por exemplo). Por isso mesmo, um dos tratamentos que podem ser indicados é o uso de antidepressivos que aumentam o nível de serotonina no organismo, o neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar e relaxamento, e que regula o apetite e o sono, entre outras funções.

A psicoterapia pode ajudar as pacientes a lidarem melhor com as mudanças comportamentais ocasionadas pelo transtorno. Além disso, os mesmos cuidados indicados para amenizar os sintomas da TPM devem ser tomados, como manter uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos e outras atividades que proporcionem prazer. Outras terapias, como homeopatia e acupuntura, também ajudam a controlar o problema e podem ser realizadas em conjunto com a psicoterapia.

Por que ocorre?

As causas do transtorno disfórico pré-menstrual ainda não estão esclarecidas. Supõe-se que haja influência genética e que não é algum desequilíbrio hormonal o desencadeador do problema, e sim uma função ovariana normal. Observa-se, nas mulheres com TDPM, uma queda brusca de serotonina no período pré-menstrual, daí a necessidade do uso de medicamentos.

Um estudo da Universidade Internacional Budista de Osaka, no Japão, mostrou que o transtorno pode influenciar no funcionamento do sistema nervoso durante outras fases do ciclo menstrual. Ou seja, mesmo não estando no período pré- menstrual, as pacientes podem sofrer com dificuldade de concentração, variações de humor, irritabilidade e ansiedade. O ideal é relatar todos os sintomas ao médico, que investigará a intensidade e o melhor tratamento.

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Consultoria: Mara Diegoli, ginecologista

Texto: Redação Alto Astral

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