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Muito comum nas crianças, o problema pode ter diversas causas. Conheça quais são as principais e como identificar o problema!
- O distúrbio costuma ser identificado ainda na infância e continua presente na vida adulta em mais da metade dos casos diagnosticados. FOTO: Shutterstock.com

TDAH e suas causas: conheça mais sobre esse distúrbio que afeta muitos jovens

Muito comum nas crianças, o problema pode ter diversas causas. Conheça quais são as principais e como identificar o problema!

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDHA) é neurobiológico e se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Suas causas são genéticas e ele aparece na infância, normalmente acompanhando a pessoa por toda a vida. Às vezes, pode ser chamado de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). Esse transtorno ocorre em 3% a 5% das crianças, em várias regiões diferentes do mundo, sendo o mais comum entre as crianças e adolescentes que são encaminhados para serviços especializados. Em mais da metade desses casos, ele continua presente na vida adulta, embora os sintomas sejam mais brandos. Conheça melhor sobre o TDAH e suas causas!

Principais causas

Existem estudos demonstrando que a predominância do transtorno é parecida em diferentes regiões, mostrando que fatores culturais, o modo como os pais educam os filhos e o resultado de conflitos psicológicos não interferem para o surgimento do déficit. Esses estudos também mostram que os portadores possuem alterações na região frontal e nas conexões com o resto do cérebro. A região frontal orbital é uma das mais desenvolvidas no ser humano em comparação com outras espécies animais e é responsável por controlar ou inibir comportamentos inadequados, pela capacidade de prestar atenção, memória, autocontrole, organização e planejamento. O que é alterado nesta região cerebral é o funcionamento dos neurotransmissores (principalmente dopamina e noradrenalina), que passam informação entre as células nervosas – os neurônios. Existem causas para estas alterações nos neurotransmissores da região frontal e suas conexões. Elas são:

Hereditariedade

Os genes não são responsáveis pelo transtorno em si, mas por uma predisposição ao TDAH. A participação de genes começou a ser considerada, inicialmente, a partir de observações de que as famílias de portadores tinham parentes também afetados, aparecendo de forma mais frequente do que em famílias que não tinham crianças com o déficit. O predomínio da doença entre os parentes é cerca de 2 a 10 vezes mais do que na população em geral – isto é chamado de recorrência familiar.

Outros tipos de estudos genéticos foram fundamentais para se ter certeza da participação de genes: os estudos com gêmeos e com adotados. Nas situações com adotados, compararam-se pais biológicos e pais adotivos de crianças afetadas, verificando se há diferença na presença entre os dois grupos. Eles mostraram que os pais biológicos têm três vezes mais TDAH que os pais adotivos. Os estudos com gêmeos compararam univitelinos e fraternos (bivitelinos), quanto a diferentes aspectos do transtorno (presença ou não, tipo e gravidade). Sabendo-se que os gêmeos univitelinos têm 100% de semelhança genética, ao contrário dos fraternos (50%) e se neles aparecem mais os sintomas de TDAH do que nos fraternos, a única explicação é a participação de componentes genéticos, pois os pais são iguais, o ambiente e a dieta são os mesmos e assim por diante. Quanto mais parecidos, ou seja, quanto mais concordam em relação àquelas características, maior é a influência genética para a doença, o que evidencia uma importante participação de genes na origem do TDAH.

FOTO: iStock.com/Getty Images

Substâncias ingeridas na gravidez

A nicotina e o álcool, quando ingeridos durante a gravidez, podem causar alterações em algumas partes do cérebro do bebê, incluindo a região frontal orbital. Pesquisas indicam que mães alcoólatras têm mais chance de terem filhos com problemas de hiperatividade e desatenção. É importante lembrar que muitos destes estudos somente demonstram uma associação entre estes fatores, mas não mostram uma relação de causa e efeito.

Sofrimento fetal

Alguns estudos mostraram que mulheres que tiveram problemas no parto que acabaram causando sofrimento fetal tinham mais chance de terem filhos com TDAH. Mas a relação de causa não é clara. Uma das teorias é de que mães com TDAH, por serem mais desatentas, possam estar mais predispostas a problemas na gravidez e no parto. Ou seja, a carga genética que ela própria tem e que passa ao filho é que estaria influenciando a maior presença de problemas no parto.

Exposição a chumbo

Crianças pequenas que sofreram intoxicação por chumbo podem apresentar sintomas semelhantes aos do TDAH. Entretanto, não há nenhuma necessidade de se realizar qualquer exame de sangue para medir o chumbo numa criança com TDAH, já que isto é raro e pode ser facilmente identificado pela história clínica.

Problemas familiares

Algumas teorias sugeriam que problemas familiares, como alto grau de discórdia conjugal, baixa instrução da mãe, famílias com apenas um dos pais, funcionamento familiar caótico e famílias com nível socioeconômico mais baixo, poderiam ser a causa do TDAH nas crianças. Porém, estudos recentes têm descartado esta ideia. As dificuldades familiares podem ser mais consequência do que causa do TDAH na criança e mesmo nos pais. Assim, problemas familiares podem agravar um quadro de TDAH, mas não causá-lo.

Mitos

Outros fatores já foram citados e posteriormente abandonados como causa do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade:

1. Corante amarelo
2. Aspartame
3. Luz artificial
4. Deficiência hormonal (principalmente da tireoide)
5. Deficiências vitamínicas na dieta

Todas estas possíveis causas foram investigadas cientificamente e foram desacreditadas.

Ainda existem dúvidas!

Ele é reconhecido oficialmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e por vários países do mundo. Em alguns desses países, como nos Estados Unidos, portadores de TDAH são protegidos pela lei por receberem tratamento diferenciado na escola. Existe inclusive um Consenso Internacional publicado pelos mais renomados médicos e psicólogos a este respeito. Consenso é uma publicação científica realizada após extensos debates entre pesquisadores de todo o mundo, incluindo aqueles que não pertencem a um mesmo grupo ou instituição e não compartilham necessariamente as mesmas ideias sobre todos os aspectos de um transtorno.

 

Texto: Redação Alto Astral | Fonte: www.tdah.org.br

 

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