Você prefere ficar sozinho ou muitas vezes se sente só? Uma pesquisa realizada na Universidade de Houston e Universidade Rice, nos Estados Unidos afirma que o nível de solidão pode impactar diretamente na gravidade e na resposta do organismo a uma doença. 159 pessoas participaram do estudo, entre 18 e 55 anos e o número de amigos que tinham nas redes sociais também entrou na pesquisa. Depois, os voluntários receberam, por via nasal, doses iguais de vírus de resfriado comum. Eles, então, ficaram isolados por cinco dias em um hotel para que os sintomas manifestados fossem avaliados pelos especialistas.
Conclusões
Todas as pessoas que participaram do estudo tiveram a mesma chance de ficar doentes, mas aquelas que relataram sentir-se mais solitárias manifestaram os sintomas de resfriado como dor de garganta, espirro e coriza mais graves do que as que não se sentiam sozinhas. Além disso, os pesquisadores ressaltaram que a quantidade de interações sociais que as pessoas tinham pelas redes não teve um impacto significativo, o que sugere que o próprio sentimento de solidão pode afetar a saúde.
Os cientistas concluíram que a qualidade dos relacionamentos é mais importante do que a quantidade de amigos. “Se você está tentando reverter esse sentimento, aumentar o número de contatos, por exemplo, não irá ajudar”, explicou a professora de psicologia e neurociência Julianne Holt-Lunstad.
A solidão tem sido reconhecida como um fator de risco para a saúde. Pessoas que se sentem solitárias têm um risco aumentado de 26% de sofrer morte prematura. “Se sentir sozinho pode ter efeitos na saúde como um todo, até mesmo sobre algo tão simples como um resfriado“, disse Angie. “Precisamos dar mais atenção a esse problema.”
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