Cada vez mais presente na mesa do brasileiro, a soja vem gerando polêmicas com seus supostos benefícios. Defendida por alguns e atacada por outros, a realidade é que muito do que se consome vem dela. Mas, afinal, a soja faz bem ou não?
1 – Quem tem intolerância a lactose deve substituir o leite de vaca por leite de soja?
Essas pessoas não podem tomar leite de vaca, mas podem tentar o leite de cabra, por exemplo, ou outros leites vegetais, como o de amêndoas, de arroz ou de coco. Não precisam necessariamente tomar o de soja.
2 – Qual o consumo diário indicado?
60 gramas de grão ou 25 gramas de proteína de soja. Essa quantidade pode ser encontrada em uma xícara (chá) de grãos cozidos, 1/3 de xícara (chá) de nuts de soja, 3 e 1/2 copos (250ml) de leite de soja ou dois hambúrgueres de soja.
3 – O processamento da soja resulta em contaminação por alumínio?
“A produção industrial de proteína isolada ocorre em fábricas onde o grão é misturado a soluções alcalinas, lavado com um produto ácido e novamente alcalinizado. Esse processo ocorre em grandes tanques de alumínio que liberam e agregam altos níveis desse perigoso metal pesado ao produto final”, explica a nutróloga e médica ortomolecular Tamara Mazaracki. Além disso, ela passa por um aquecimento a altíssima temperatura, o que desnatura aminoácidos essenciais presentes no grão.
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4 – A soja pode amenizar os efeitos da menopausa?
Seu consumo pode ajudar na reposição hormonal de estrógeno, necessária na menopausa. Produtos processados podem sofrer alteração na quantidade de isoflavonas. Na farinha, por exemplo, as propriedades são mantidas, já no óleo, não. Tamara lembra que, apesar dessas qualidades, o uso não deve ser exagerado, já que outros componentes da soja podem influenciar o aparecimento de algumas doenças, como o mal funcionamento da tireoide.
5 – O grão ajuda a baixar o colesterol?
Pesquisas afirmam que o consumo médio de 25 gramas diárias pode colaborar com a redução de até 9% do colesterol. Também há indícios de que o alimento promova o aumento do colesterol bom (HDL) e a diminuição do ruim (LDL), reduzindo, assim, os riscos de doenças cardiovasculares. Porém, Tamara destaca que a totalidade de evidências científicas sobre os benefícios da soja ao coração é contraditória e inconsistente.
Consultoria Tamara Mazaracki, médica ortomolecular e nutróloga