Além de distúrbios neurodegenerativos mais comuns como Alzheimer e Parkinson, outras síndromes e distúrbios menos comuns – e até um pouco assustadores e bizarros – podem interferir no funcionamento normal do cérebro e de certas habilidades essenciais para realizar atividades simples do dia a dia.
A baixa recorrência pode criar um pensamento equivocado de que tais casos não requerem tanta atenção. Mas, ao contrário disso, é fundamental que haja a consciência de que toda disfunção merece cautela, por mais rara que seja. Listamos, a seguir, alguns transtornos incomuns e bastante surreais.
Top 3 síndromes bizarras
Síndrome da cabeça explosiva
Calma! Nessa síndrome, nenhuma pessoa tem, de fato, a cabeça dividida em inúmeros pedaços. É que, durante o sono, essa síndrome gera barulhos ensurdecedores, comparados a explosões e disparos. Em maio de 2015, pesquisadores da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, entrevistaram 211 pessoas, e 18% delas relataram já ter passado por essa situação pelo menos uma vez. Acredita-se que uma disfunção nas descargas elétricas do cérebro dá origem às “explosões”. Isto é, algumas áreas que são “desativadas” durante o repouso sofrem um atraso no processo e provocam esses casos.
Falando em outros idiomas
Já pensou acordar após um acidente se comunicando com sotaque ou apenas por meio de um idioma que não o materno? Parece até loucura, mas ambos os casos têm nome: o primeiro é conhecido como Síndrome do Sotaque Estrangeiro e o segundo, Síndrome do Idioma Estrangeiro.
Se você ainda acha impossível, saiba que, em 2012, o australiano Ben McMahon sofreu um acidente de carro e, quando despertou do coma, só falava em mandarim (idioma que estudou brevemente na época de escola). Só após alguns dias ele voltou a se comunicar em inglês.
Os pesquisadores não sabem ao certo qual região do cérebro corresponde ao aprendizado de novos idiomas. Contudo, acreditam que as alterações identificadas nessas situações podem envolver o lóbulo frontal ou a área de Broca (relacionada com a linguagem). No caso de Ben, suspeita-se que a região responsável pelo idioma materno (Broca) foi mais atingida no acidente do que a ligada ao mandarim.
Como a Alice no país das maravilhas?
Não, você não leu errado! Há uma síndrome que faz referência a uma das obras literárias mais famosas da história. Quem sofre com esse transtorno acredita que os objetos e as pessoas ao redor estão grandes ou pequenos demais – assim como Alice na história infantil.
Também conhecido como macropsia, que é quando tudo está maior, ou micropsia, momento em que todas as coisas estão menores, o distúrbio não é óptico. Na verdade, há uma combinação de fatores que dão origem ao quadro. Pesquisadores acreditam que exista uma relação com alterações no lobo parietal, responsável pela interpretação de certas informações do ambiente. A causa dessas ainda é desconhecida, mas algumas hipóteses são remédios, estresse e epilepsia.
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Texto: Vitor Manfio/Colaborador – Edição: Victor Santos