A atriz Fernanda Paes Leme utilizou o seu Instagram nessa segunda (06.02) para falar sobre um problema de saúde sofrido por ela no começo deste ano: a Síndrome do Intestino Irritável.
Conhecido também pelo nome de Distúrbio de Cólon Epástico, o mal já a incomodava há algum tempo, mas a atriz só decidiu consultar um médico quando sofreu uma crise nervosa. “Eu sentia dores fortes, cólicas e deixava pra lá… até realmente ter uma crise bem séria. Procurem profissionais e se cuidem sempre”, orientou a atriz.
Aqui, você fica por dentro do que aconteceu com Fernanda e ainda se informa a respeito da Síndrome do Intestino Irritável com a ajuda do médico Pedro Popoutchi, coloproctologista e membro da SOBED (Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva). Confira.
Fernanda Paes Leme sofre com a Síndrome do intestino irritável. Foto: Istock
O caso de Fernanda
Em seu Instagram, Fê Paes Leme confessou que já sentia os sintomas do distúrbio há algum tempo, mas que demorou a considerar a seriedade do problema e a procurar ajuda médica. A atriz disse que visitou um gastroenterologista quando os sintomas se agravaram, fez exames e recebeu a orientação de mudar a rotina e a alimentação. “Por conta dessa síndrome algumas coisas na minha rotina precisaram se transformar. Principalmente na alimentação e também exercícios. Ioga foi super recomendado”, contou a atriz, que também procurou ajuda de uma nutricionista para a reeducação alimentar.
Com o tratamento, os sintomas já deram sinais de melhora. “O bom é que com a alimentação e disciplina eu já estou ótima e não tive mais dores. É muito importante não deixar passar nenhum sinal estranho do nosso corpo”, alertou.
Tudo sobre a Síndrome do Intestino Irritável
E você, já sofreu ou sofre com esse distúrbio do intestino? A síndrome é comum e mais frequente em mulheres em situações de estresse emocional. Tire suas dúvidas, a seguir, e fuja desse problema com a consultoria e ajuda do Dr. Pedro Popoutchi, coloproctologista e membro da SOBED (Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva).
O que é?
A Síndrome do Intestino Irritável (SII) é um problema que acomete a região do aparelho digestivo. Pessoas com o distúrbio alternam entre um intestino preso e solto, além de alguns sintomas físicos, como dores no abdômen, sensação de estufamento, diarreia e prisão de ventre, segundo informações do Hospital Israelita Albert Einstein.
De acordo com a Federação Brasileira de Gastroenterologia, a síndrome não chega a ser considerada uma doença, porém, é “uma desordem funcional do trato intestinal“.
A Síndrome do Intestino Irritável afeta principalmente as mulheres, sendo uma das razões mais frequentes para a crise o estresse e desgaste emocional. O transtorno costuma surgir na transição da adolescência para a fase adulta, “sendo raro os casos de pessoas acima de 50 anos”, explica Pedro.
Como evitar ou viver bem com essa doença?
Nos Estados Unidos, ela é a principal queixa abdominal e a segunda maior causa de falta ao trabalho, perdendo apenas para os resfriados e gripes. Sem uma causa orgânica específica, a síndrome também é comum no mundo todo. Saiba como se prevenir ou o que fazer se você já tem a doença.
Síndorme do Intestino Irritável acomete mais mulheres. Foto: Istock
Sinal de alerta
Existem alguns sinais, chamados pela medicina de sintomas de alarme, que devem ser investigados com atenção. Eles não fazem parte do quadro clínico da Síndrome do Intestino Irritável, mas podem indicar outros distúrbios, como: doenças inflamatórias intestinais, câncer de intestino, intolerância a componentes alimentares como glúten e lactose e síndrome da má absorção.
Fique atenta se você tiver:
– sangue nas fezes;
– anemia;
– perda de peso;
– alteração recente do hábito intestinal;
– massa palpável no abdômen ao exame físico;
– sintomas em idade acima dos 50 anos;
– febre;
– histórico familiar de câncer de intestino ou de pólipos.
Se esses sintomas forem relatados ao médico, ele deverá solicitar uma colonoscopia e outros exames específicos. A Síndrome do Intestino Irritável é uma doença benigna que pode ser controlada.
Viva bem!
“É fundamental que o paciente entenda que ele tem uma condição crônica e com períodos de melhora e de piora”, afirma o coloproctologista Pedro Popoutchi. Porém, uma alimentação adequada, mudanças do estilo de vida e acompanhamento médico permitem melhor qualidade de vida para quem sofre desse distúrbio.
Para que o aparecimento da Síndrome do Intestino Irritável seja menos provável, adote hábitos como: praticar atividades físicas, preservar os momentos de lazer, ter sono e hábitos alimentares regulares e saudáveis.
“Procurar um profissional de saúde numa fase de grande demanda profissional ou emocional também é uma medida valiosa para evitar sintomas funcionais digestivos ou entendê-los de uma forma melhor”, aconselha o especialista.
Síndrome do Intestino Irritável pode ser causado pelo estresse e desgaste emocional. Foto: Istock
Alimentação adequada
Segundo o médico, estima-se que mais da metade das pessoas acima dos 60 anos desenvolva algum grau de intolerância à lactose. Mas isso não significa que essas pessoas devam ficar sem ingerir leite. Há diversas alternativas no mercado, como leites com baixo teor de lactose e com a mesma quantidade de cálcio. Eles são indicados a todas as pessoas com a síndrome por se melhor tolerados.
Além do leite e derivados, outros alimentos devem ser evitados na rotina dos pacientes com o distúrbio. São eles:
– Alimentos fermentativos e que causam gases, como feijão, repolho, couve-flor, brócolis, alho, cebola, entre outros;
– Alimentos ricos em açúcar, muito condimentados e com excesso de conservantes também irão fermentar e produzir gases, distensão e desconforto abdominal.
Outros alimentos estão liberados para quem convive com o distúrbio. Se você é uma dessas pessoas, fique tranquila para consumir: água, leite e outros produtos com soja, massas leves (sem molhos gordurosos), batata cozida ou assada (não frita), pães integrais, peixe, frango e carnes magras, cereais, saladas e legumes (com exceção dos fermentativos), geleias e frutas como melancia, maça, pera, pêssego e outras.
Texto: Vítor Ferreira (colaborador)/Giovana Sanches
Consultoria: Pedro Popoutchi, coloproctologista e membro da SOBED (Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva)
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