Responsável pela maioria dos casos de demência na terceira idade, o Alzheimer aparece quando há um “processo degenerativo no sistema nervoso”, explica o psiquiatra Mario Louzã. A doença é desencadeada com a produção de substâncias toxicas pelo cérebro, que afetam os neurônios. O peptídeo beta-amiloide e a proteína tau causam a morte dessas células, por consequência, ocorre uma diminuição da massa cerebral, que desencadeia os sintomas. Saiba como notar e lidar com os sintomas do Alzheimer a seguir!
Fatores de risco
Apesar das causas da doença serem nebulosas, já foram descobertos alguns fatores que influenciam no desenvolvimento da doença. “Uma das certezas é que a genética é um dos fatores influenciadores”, explica Mario. O médico ainda destaca que outros fatores que podem estar envolvidos na doença de Alzheimer: a presença de radicais livres (chamado stress oxidativo), diabetes, traumatismos cerebrais e elevação da homocisteína – aminoácido presente no sangue que está relacionado com o surgimento de doenças cardiovasculares.
Saiba como notar e lidar com os sintomas do Alzheimer
Como nessa doença há uma progressão dos sintomas com o tempo, nas fases iniciais, é possível observar falhas em memórias recentes. “A pessoa pode se lembrar detalhadamente de algo que ocorreu há 50 anos, mas não se lembra de algo que ocorreu ontem, ou há poucas horas”, destaca Mario. Conforme o quadro se agrava, as memórias começam a ficar mais vagas. “A pessoa começa a ter dificuldade para se orientar no tempo e no espaço. Ela pode se perder ao sair na rua para ir a um lugar conhecido e depois não achar o caminho de volta”, exemplifica o psiquiatra.
Louzã destaca que a enfermidade não afeta apenas a memória, sintomas como alteração no sono, agitação, apatia e até mesmo quadros psicóticos podem ser observados. “Na fase final da doença, o paciente perde a capacidade de se expressar, não reconhece nem os familiares e não consegue mais cuidar de si mesmo, demandando a presença de cuidadores em tempo integral”.
Segundo Mario, a maior parte dos medicamentos utilizados no tratamento do Alzheimer servem para aumentar a quantidade de acetilcolina – um neurotransmissor – no cérebro. “Estes medicamentos não recuperam o que já foi perdido (ou recuperam muito pouco), mas são úteis para reduzir a velocidade da progressão da doença”, destaca. Além da manutenção de remédios, Louzã ressalta a importância de cuidar da saúde, organizar o ambiente do paciente e aplicar atividades que auxiliem a memória: leitura e jogos, por exemplo, ajudam a manutenção da qualidade de vida desse. Saber como notar e lidar com os sintomas do Alzheimer o mais breve possível pode ser muito importante para melhorar o quadro e evitar problemas mais graves.
Texto: Redação Alto Astral | Consultoria: Mario Louzã, psiquiatra
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