O mal do século”, “alarme natural”… Essas são as definições que costumam aparecer para a ansiedade. Esse sentimento está presente na vida do ser humano justamente para que a raça sobreviva aos perigos de cada período, seja se protegendo de predadores mortais como na pré-história ou, em um contexto mais atual, evitando ser assaltado ou atropelado nos grandes centros urbanos.
Definição básica
Para compreender a definição de ansiedade e a importância dela no cotidiano, é interessante imaginar como seria a vida sem esse sentimento — desde situações mais inocentes, como aquele frio na barriga, que deixa um momento inédito mais especial, àquelas que despertam sua atenção para um perigo, como fugir de um cachorro bravo na rua. Ou seja, é um recurso nato do ser humano que acaba impulsionando as pessoas a progredirem dia após dia; sem isso, elas ficam presas no mesmo lugar, desmotivadas.
As reações ansiosas, envolvendo hormônios e neurotransmissores (“mensageiros dos neurônios”) no cérebro e no resto do corpo, despertam comportamentos que já estão pré-programados em cada pessoa, mas que precisam desse pequeno empurrão para serem ativados. “É uma vivência do universo do medo direcionada ao futuro, com variados tons de expectativa, angústia e agitação. Isso resulta em manifestações físicas, psíquicas e comportamentais variadíssimas, tais como inquietação, uma sensação ruim de algo ruim prestes a acontecer, um aperto no peito, entre outras”, define o psiquiatra e professor de psicologia Alfredo Simonetti.
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Consultorias: Alfredo Simonetti, psiquiatra e professor titular de psicologia médica do curso de medicina do Centro Universitário São Camilo, em São Paulo (SP); Reinaldo Renzi, psicólogo clínico; Thais Rabanéa de Souza, mestre em psiquiatria, psicologia médica e especialista em neuropsicologia.
Texto e entrevistas: Giovane Rocha/Colaborador – Edição: Augusto Biason/Colaborador