Como explica Arthur Guerra de Andrade, médico psiquiatra especialista em dependência química e presidente do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA), mas foi suficiente para gerar um alerta. “Um número significativo de idosos faz o uso nocivo dessa substância e, conforme a idade avança, a tolerância do corpo ao álcool diminui, o que pode desenvolver transtornos”, afirmou. A seguir, confira mais informações sobre o desenvolvimento do alcoolismo em idosos
Consumo de risco
“Para pessoas saudáveis com 65 anos ou mais, a recomendação é que não bebam mais que 3 doses por dia nem ultrapassem 7 doses por semana”, diz Andrade. Além de ser o causador de mais de 60 tipos de doenças, entre físicas e psicológicas, o efeito do alcoolismo em idosos não para por aí. Nesse grupo, ele ainda agrava problemas de saúde como diabetes e pressão alta, expõe a quedas e lesões e pode alterar a ação de medicamentos.
O que fazer?
Quando o álcool começa a influenciar negativamente a saúde física, as relações pessoais, o trabalho ou a rotina, é hora de procurar ajuda. A família, por sua vez, é uma peça-chave, tanto na prevenção quanto no tratamento.
“Não são poucas as vezes em que o tratamento inicia-se pela família, porque o usuário não aceita seu problema ou está desmotivado”, fala o especialista. Além disso, as pessoas próximas ajudam na superação de dificuldades e na identificação de mudanças no paciente, que podem significar recaídas.
São vários os tratamentos disponíveis e cabe ao idoso e a uma equipe médica definir qual será o mais apropriado. Os mais comuns são tratamentos médico e psicológico, grupos de autoajuda (como o Alcoólicos Anônimos) e comunidades terapêuticas.
Quando é exagero?
Bebedores pesados são aqueles que consomem mais de 7 doses por semana, enquanto os bebedores pesados episódicos ingerem mais de 3 doses em uma única ocasião. Ambos estão no grupo de risco. Uma dose equivale de 10g a 12g de etanol (álcool) puro. Isso é igual a uma latinha de cerveja, 30ml de destilados ou uma taça (100ml) de vinho.
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Texto e entrevista: Carolina Vieira/colaboradora – Edição: Giovane Rocha
Consultoria: Arthur Guerra de Andrade, médico psiquiatra especialista em dependência química e presidente executivo do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA)