Quando se fala em esclerose, logo se pensa em doença da terceira idade. Mas, na verdade, a esclerose múltipla é definida como uma doença inflamatória crônica que compromete o sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal) e não tem cura, mas pode ser controlada por meio de um diagnóstico precoce e tratamento multidisciplinar adequado.
Atualmente, o problema atinge mais de 35 mil brasileiros, de acordo com a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM), em sua maioria mulheres jovens de 20 a 40 anos. De acordo com o neurorradiologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Thiago Scoppetta, os sintomas da esclerose múltipla são variados. “Pode incluir fadiga, vertigem, dificuldade para andar, problemas visuais, dormência e fraqueza na face, corpo ou extremidades”.
Diagnóstico e tratamento da esclerose múltipla
O médico ainda afirma que por meio do diagnóstico precoce e de um acompanhamento rigoroso é possível atenuar os sintomas e desacelerar a progressão da doença. “A ressonância magnética é a principal ferramenta paraclínica para o diagnóstico da esclerose múltipla, permitindo documentar a disseminação das lesões causadas no sistema nervoso central. Além disso, no primeiro exame, o estudo da medula espinhal também pode fornecer informações diagnósticas e prognósticas valiosas”, afirma.
A ressonância magnética também é fundamental no monitoramento terapêutico da enfermidade, fornecendo informações objetivas da sua atividade e progressão, além de investigar eventuais complicações relacionadas ao tratamento. O exame é capaz de detectar lesões silenciosas em pacientes que ainda não manifestaram os sintomas da doença. Em alguns casos, pessoas com esclerose múltipla que não realizam o tratamento correto podem desenvolver espasmos musculares e fraqueza crônica, paralisia, problemas na bexiga, esquecimento e dificuldade de concentração, depressão e epilepsia.
Ainda de acordo com o neurorradiologista, a ressonância magnética tem um papel fundamental e bem definido no diagnóstico e acompanhamento de inúmeras outras doenças que acometem o sistema nervoso central, como epilepsia, neoplasias, doenças neurodegenerativas e cerebrovasculares, bem como demais condições inflamatórias e infecciosas.
Consultoria Thiago Scoppetta, neurorradiologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo
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