O câncer de próstata é o tumor mais frequente nos homens acima de 50 anos (com exceção dos tumores de pele). “A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. É um órgão muito pequeno, tem a forma de uma maçã e se situa logo abaixo da bexiga e à frente do reto. A próstata envolve a porção inicial da uretra (tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada) e também produz parte do sêmen (líquido que contém os espermatozoides, liberado durante a relação sexual)”. explica o urologista André Vanni.
Com o avanço da medicina, novos medicamentos têm surgido, como é o caso do último remédio aprovado pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o Xofigo. Já utilizado nos EUA e Europa, chega ao Brasil o primeiro radiofármaco (substância utilizadas na medicina nuclear para o diagnóstico e para o tratamento) que melhora a qualidade de vida dos indivíduos que estão fazendo o tratamento da doença. Esse é o primeiro medicamento desse tipo aprovado no país, que possui um agente emissor de partículas radioativas alfa com efeito antitumoral que melhora a sobrevida de pacientes com CPRC (câncer da próstata resistente à castração), que continua evoluindo mesmo que ocorra a eliminação dos hormônios masculinos que alimentam o crescimento das células cancerígenas. Por este motivo, é descrito como “resistente à castração”.
O Xofigo se “disfarça” de cálcio no osso e forma complexos com o mineral ósseo hidroxiapatita (concentração de fosfato de cálcio) nas áreas de maior remodelação óssea ( formação de um novo tecido ósseo). Ele é responsável por limitar os danos no tecido e a preservação da medula óssea. A metástase óssea (é quando o câncer se espalha, no caso ele vai para o osso) acontece na maioria dos pacientes com câncer de próstata. Os ossos são os locais mais comuns do corpo a serem afetados pelo câncer metastático, e as metástases são particularmente predominantes em pacientes com câncer de próstata. Aproximadamente 90% dos pacientes com câncer de próstata metastático apresentam indícios de metástases ósseas, as quais já demonstraram ser a principal causa de morbidez e morte entre pacientes com CPRC.
Um ensaio realizado com 921 pacientes em mais de 100 centros em 19 países, demonstrou que Xofigo é excepcionalmente bem tolerado na maioria dos casos. Além disso, provocou diminuição de eventos relacionados ao esqueleto (por exemplo, fraturas) e diminuiu as dores sentidas, proporcionando mais qualidade de vida àqueles que sofrem do câncer de próstata metastático. O surgimento do medicamento pode ser considerado de alto significado clínico e científico.
Fonte: Erika Figueiredo Associate Executive, Healthcare | Consultoria André Vanni, urologista
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