Por muito tempo, o teste de QI foi utilizado para avaliar a inteligência, e caso o resultado final não fosse bom, a pessoa não era considerada esperta o suficiente. Mas após a Teoria das Inteligências Múltiplas (TIM), publicada pelo psicólogo norte-americano Howard Gardner no início da década de 1980, o teste foi perdendo suas forças. Esse conceito propõe a existência de oito tipos de intelecto – que vão desde o raciocínio lógico-matemático até a facilidade de expressão corporal, por exemplo.
Com essa teoria, Gardner quis comprovar que uma pessoa que tem facilidade com raciocínios lógicos não é mais inteligente em relação àquela com dificuldades em matemática, mas excelente em música. Basicamente, temos apenas habilidades diferentes melhor desenvolvida.
“As diversas e diferentes definições podem oscilar desde os estudos das capacidades de um indivíduo para resolver problemas complexos até situações que denotam as capacidades de conhecer, entender, compreender e adaptar-se a situações onde são exigidas as faculdades de memorização, comunicação, planejamento, abstração, lógica, resolução de conflitos e controle emocional”, esclarece o neurocientista Alex Born.
Emoções desenvolvidas
Inteligência emocional é quando o indivíduo tem facilidade de controlar suas emoções e se adaptar a diferentes situações. “O mercado de trabalho, por exemplo, vem aplicando um misto de análises entre o que chamamos de QI x QE (Quociente Emocional), ou seja, preocupa-se mais em como as pessoas se adaptam às diferentes situações, além de continuarem analisando a habilidade para solucionar problemas”, explica Alex. A expressão se popularizou após a publicação do livro Emotional Intelligence (Inteligência Emocional), do psicólogo Daniel Goleman.
Estimule sua inteligência
A prática de exercícios físicos no mínimo três vezes por semana pode ser uma grande aliada, já que podem estimular a concentração, a capacidade atencional e a memória. Outro meio de estimular sua capacidade intelectual é realizando atividades que estimulem a mudança no funcionamento e estrutura do cérebro, ou seja, atividades que façam você pensar de maneiras diferentes das que está habituado. Jogos como ábaco, tabuleiros, dinâmicas em grupo e atividades neuróbicas, que funcionam como aeróbica para os neurônios, podem ser uma boa pedida.
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Texto: Bárbara Gatti/Colaboradora – Edição: Giovane Rocha/Colaborador
Entrevistas: Victor Santos – Consultorias: Alex Born, especialista em neurociência e comportamento humano