O menino Peter Pan não é o único que carrega a vontade de nunca crescer – as pessoas trazem dentro de si uma eterna criança, e muitas têm receio de perdê-la. Ao se tornar adulto, o peso desconhecido da infância se apresenta: a responsabilidade. E, consequentemente, o medo. Quando crescidos, os seres humanos exibem uma mania boba de querer viver somente em sua zona de conforto, sem se arriscar, aceitar novos desafios, se aventurar, buscar algum sonho de anos atrás ou até lutar por aquilo que realmente o faz feliz – em resumo, quando adultos, o medo passa a existir.
A palavra medo (ou receio), nesse sentido, não existe no vocabulário de uma criança. É na infância que correr atrás do que se deseja é mais comum e fácil. Aprende-se o que é viver e o que é ser feliz – caindo, levantando, motivando-se e tentando quantas vezes forem necessárias. A coach Paula Abreu, especialista em desenvolvimento pessoal, esclarece: “Na infância estamos totalmente conectados com o momento presente. E, no momento presente, não existe medo. Ao nos tornarmos adultos, começamos a ‘viajar no tempo’, nós nos desconectamos do agora, e passamos a ter medo de repetir erros do passado, assim como passamos a ter medo do que vai acontecer no futuro”.
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Texto: Nathália Piccoli