A realidade virtual é uma tecnologia desenvolvida há cerca de 20 anos, mas por conta do seu alto custo começou a se tornar mais acessível no Brasil apenas nos últimos 10 anos. A utilização dos óculos de realidade virtual surge como algo complementar aos diversos tratamentos para algumas fobias e até ansiedade.
Um exemplo disso é a psicóloga Nataly Martinelli, que nos últimos meses começou a tratar pacientes com esses problemas utilizando os óculos de realidade virtual como peça-chave para a imersão nas situações em que eles consideram apavorantes. Os óculos de realidade virtual podem ser usados no tratamento de:
- Síndrome do pânico
- Medo de injeções e agulhas
- Aerofobia
- Medo de animais
- Medo de falar em público
- Medo do escuro
- Claustrofobia
- Transtorno obsessivo compulsivo (TOC)
- Ansiedade
Como funciona?
Nas sessões, será avaliado o nível de estresse, o que permite dinamizar o tratamento. O método coloca o paciente gradualmente frente a frente com suas maiores dificuldades e, semelhante a um jogo de videogame, ele vai subindo de nível. Um exemplo, no caso do tratamento da aerofobia – medo irracional de voar -, é que inicialmente a pessoa viverá a experiência de se preparar para ir ao aeroporto. Posteriormente, irá percorrer o trajeto até o aeroporto, para depois vivenciar a experiência do portão de embarque, pouso, decolagem e turbulências.
Os óculos são fundamentais para que a pessoa possa vivenciar a experiência, porém, existe um conjunto de atividades que são feitas em cada sessão de terapia, explica a Nataly. “Nas minhas sessões, trabalho com hipnose, acompanhamento do nível de estresse, parcerias para reforço no processo de dessensibilização e óculos de realidade virtual, tudo para ter um resultado efetivo”.
O programa utilizado na realidade virtual é vinculado a uma startup europeia que desenvolveu os vídeos que permitem que o paciente tenha contato direto com seus medos, conta a psicóloga. “Essa ferramenta é muito mais abrangente, pois possui tratamento para inúmeras fobias. Além de relaxamentos, que podem ser úteis inclusive para sintomas de pânico, TDAH e estresse”. O grande diferencial é que a com a facilidade para a imersão nos diversos tipos de fobias é possível facilitar o processo terapêutico, além de melhorar os resultados.
Texto: Redação Alto Astral | Fonte: Nataly Martinelli, psicóloga
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