Existe mais de um modo de raciocinar, entre eles, está o raciocínio lógico – um modo de pensar que nos ajuda a resolver problemas. “É usado para chegar a uma conclusão sobre um assunto, que começa com uma afirmação ou premissa, seguido de uma afirmação intermediária e uma conclusão”, revela Sueko Takaki Nakamura, professora de matemática. “Requer consciência e capacidade de organização de pensamento”, completa Sandra Zorzo Maura Boaventura, professora e especialista em dificuldades de aprendizagem.
Ele pode ser empregado ao fragmentar um problema em problemas menores com o objetivo de construir argumentos para a sua resolução ou conclusão de algum assunto. “Seu uso mais comum é para resolver problemas matemáticos, mas também para decidirmos como planejar uma reforma, organizar uma festa e até redigir um texto argumentativo”, ressaltam Silvia Nogueira de Souza e Laura Rigolo, professoras de matemática.
Raciocínio além da escola
O raciocínio lógico é um aliado da matemática na resolução de problemas e desenvolvimento de aptidões como cálculo mental, estimativa, análise de gráficos e tabelas, entre outros, lembra Fernanda Fetzer, professora de matemática. “Não só nos estudos matemáticos, ele permeia outras ciências, como o uso dos códigos linguísticos (fala, escrita, símbolos), as leituras, análise crítica de textos, de mapas, jogos de tabuleiro e outras habilidades”, diz.
Na prática
Como estimular o uso de raciocínio lógico no espaço escolar? Cleusa Raquel de Paula Diniz, coordenadora de tecnologia educacional do Colégio Marista Arquidiocesano, revela que um projeto de sua escola propõe que os alunos desenvolvam atividades de robótica, programação, modelagem 3D e games.
Os estudantes constroem modelos usando materiais estruturados e sucata, seguidos de exploração e investigação do funcionamento dos mecanismos desses modelos, programação e resolução de situações-problema. “O objetivo é desenvolver a capacidade de investigação, tendo em vista torná-los mais aptos a levantar questionamentos, prepará-los para resolver situações-problema e tomar decisões, tornando-os autoconfiantes e independentes”, salienta Cleusa.
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Texto e entrevistas: Ricardo Piccinato – Edição: Giovane Rocha/Colaborador
Consultorias: Cleusa Raquel de Paula Diniz, coordenadora de tecnologia educacional; Fernanda Fetzer, professora de matemática; Sandra Zorzo Maura Boaventura, professora de língua portuguesa, pós-graduada em dificuldades de aprendizagem; Silvia Nogueira de Souza e Laura Rigolo, professoras de matemática no colégio Degraus; Sueko Takaki Nakamura, professora de matemática