Principalmente para a mulher, ficar careca é uma das partes mais incômoda do tratamento contra o câncer. “Em geral, a quimioterapia atua em todas as células que se reproduzem. Por isso, as do couro cabeludo tendem a sofrer mais, provocando a queda de pelos”, explica o oncologista Felipe Cruz. Entenda melhor esse período!
Sem generalização!
Não são todas as quimioterapias que provocam a queda dos fios. Essa consequência dependerá dos medicamentos utilizados. “No tratamento do câncer de mama, por exemplo, os quimioterápicos têm a característica de atuar nas células do couro cabeludo, provocando a perda de cabelo”, conta o oncologista.
Cabelo diferente
Apesar de não ser frequente – apenas entre 20 e 25% dos casos –, após a quimioterapia, o cabelo pode nascer diferente. “Isso ocorre porque a morte celular do couro cabeludo altera a estrutura do tecido responsável pela formação do folículo piloso, alterando a textura do cabelo”, esclarece o oncologista. “Com o passar do tempo, os fios ganham força e tornam-se mais parecidos com os fios anteriores”, conta a oncologista Aline Gonçalves.
Nova fase
Após 21 dias do término da quimioterapia, o cabelo começa a aparecer e já é possível pintar e alisar. “Há algumas medicações dermatológicas que podem ajudar no crescimento do cabelo. Vale a pena consultar um dermatologista. Além disso, deve ser evitado o uso de tintura com amônia”, revela Aline.
Texto Bruna Giorgi
Consultoria Aline Gonçalves e Felipe Cruz, oncologistas
LEIA TAMBÉM:
- Confira 5 sintomas do câncer de próstata
- 10 perguntas sobre câncer de mama e autoexame
- Desenvolvimento do câncer pode ser acelerado por estresse