Dinheiro, orçamento, finanças, parece um papo todo muito matemático e racional, certo? Quanto mais você ganha, mais pode gastar. Quanto mais você gasta, menos sobra no final do mês. Quanto mais você poupa, mais opções você tem para o seu futuro. Tudo isso parece muito simples e direto, mas você se engana se pensar que lidar com dinheiro seja algo obrigatoriamente racional. Pelo contrário, muitas pessoas são emocionais na hora de cuidar das suas finanças – e isso afeta diretamente o resultado!
Quem já comprou um sapato por puro impulso sabe bem do que eu estou falando. Às vezes, não precisa nem ser algo tão caro: uma pulseirinha num e-commerce de bijoux já conta. Por menor que seja o gasto, se ele não foi pensado, avaliado ou planejado, pode escrever: você não está sendo racional ao lidar com ele. Os estímulos são tantos… As lojas lançam novas coleções o tempo todo e as revistas sempre trazem novos itens de desejo. Para saber como você lida com o seu dinheiro, precisa se perguntar se você compra o que quer, o que precisa, e se isso está dentro do seu salário e se foi pensado ou por impulso.
A gente entende que você pode simplesmente PRECISAR daquela bolsa nova, mas será que é isso mesmo? E se isso pode não parecer tão grave no curto prazo, imagina quando você quiser comprar algo de maior valor: uma casa, um carro, ou então resolver engravidar e começar a pensar em todos os gastos que um filho exige. Neste momento, você precisa ter uma poupança, um dinheiro guardado para este tipo de eventos.
Para começar a guardar dinheiro, a primeira pergunta que você precisa se fazer é se você consegue ter um domínio sobre os seus gastos, ou se quem manda é o seu impulso. Este é o melhor começo para você pensar em ter um dinheiro só seu, para o que quiser, na hora que quiser. Parece difícil? Então relaxe, pois você só precisa de um pouco de disciplina.
Veja bem como anda o comportamento da sua carteira e seja honesta: é você quem manda nela ou ela em você?
Por Carolina Ruhman
Carolina Ruhman Sandler é fundadora e CEO do site Finanças Femininas e coautora do livro “Finanças femininas – Como organizar suas contas, aprender a investir e realizar seus sonhos” (Saraiva, 2015). Jornalista (PUC-SP), estudou economia no Instituto de Estudos Políticos da França, em Paris. Tem 32 anos, é casada e mãe da Beatriz.
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